Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

domingo, 14 de dezembro de 2014

Alojamento de cavalo


Alexander Nevzorov, em seu livro The horse crucified and risen (publicado em 2014, 370 p.), estipula um estábulo de 20m2 para alojar cada cavalo, no inverno, e, no mínimo, 25m2 para alojar cada cavalo no verão. O piso deve ser emborrachado, para amenizar a inflamação dos cascos, e deve ter uma área aberta com piso de terra e areia para o cavalo passear quando está alojado, e sem qualquer material ou objeto (pedrinha pontuda, fragmento de metais, vidros, plásticos secos, arames etc.) que possa ferir o casco do cavalo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Festa vegana de natal

No próximo dia 07 de dezembro (domingo), acontecerá a Feira Vegana de Natal , no Clube Piratininga, na Alameda Barros, 376, Santa Cecília, próximo à Estação Marechal Deodoro do Metrô.  O evento contará com gastronomia vegana, além de produtos de vestuário, beleza, decoração, artesanato e acessórios, livres de exploração animal.
Na área de alimentação haverá feijoada vegana completa. Outros expositores da gastronomia também estarão presentes com diversos pratos doces, salgados, pizzas, sucos, etc.
O evento terá área destinada ao público infantil, com várias atividades, programação cultural, apresentações artísticas, oficinas de arte reciclagem, palestras sobre conscientização ambiental, proteção animal, alimentação e beleza. Haverá também feira de adoção de cães e gatos no local.
Parte da renda do evento será revertida aos protetores que trabalham de forma voluntária e independente no resgate de animais.
Durante todo o evento haverá sorteio de brindes e atividades diversas.
Entrada franca.
Local: Clube Piratininga
Endereço: Al Barros, 376, CEP 01232001 Santa Cecilia – São Paulo, SP
Próximo ao Metrô Marechal Deodoro – 6 minutos caminhando.
Mais informações: (11) 3451-6000 – (11)98404-9948

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O julgamento

Vídeo sobre o julgamento de um homem acusado de especismo e seus reflexos no nosso planeta.

sábado, 8 de novembro de 2014

O silêncio de Melissa

Estou boicotando TV. Realmente não tem nada que preste. Assisti no Youtube e achei interessante. A Melissa deveria ter ido direto à delegacia.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O melhor leite depois do materno: o leite de sementes germinadas

Por Conceição Trucom, Doce Limão

Sim, é verdade.

Depois do leite materno, o melhor leite para os seres humanos é o de sementes germinadas.

Na alimentação viva tudo tem início pela germinação das sementes e grãos, agentes biogênicos (que geram vida), por sua qualidade nutricional e energética.
Ao colocarmos uma semente para germinar (água = umidade + escurinho = à noite), ela entende que chegou a hora de brotar e se expandir para virar uma nova planta.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Práticas de germinação no Workshop de Culinária Viva e Vegana no Centro Cultural Vrinda Guarujá


Práticas de germinação no Workshop de Culinária Viva e Vegana no Centro Cultural Vrinda Guarujá
Garanta já a sua vaga!
Data: 01 de novembro
Horário: 9h00 às 15h00
Investimento: R$65,00
Inscrição: vrinda.guarujá@gmail.com
A germinação é o início de um processo que leva a semente a se tornar uma planta, e que aumenta seus valores nutricionais.
A germinação provoca reações bioquímicas no interior dos grãos e sementes que ajudam na redução dos fatores antinutricionais (como o ácido fítico) e disponibiliza nutrientes essenciais que estão latentes. Isso significa melhora da digestão (o alimento fica pré-digerido), maior concentração e maior possibilidade de absorção de substâncias, em comparação aos grãos e sementes não germinados. Entre os nutrientes importantes estão antioxidantes, ácidos graxos essenciais, proteínas, fibras, vitaminas e minerais.
Por isso aproveite essa oportunidade para aprender e levar mais saúde para sua casa!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Eu, ex-cotista, “vagabunda”

Eu não vou conseguir ser linear, mas espero que entendam os pormenores desta história íntima. Eu morei 10 anos em Londrina, no norte do Paraná, em um bairro de periferia chamado Jardim Leonor e estudava em uma escola estadual. Na época não era assim muito comum ter sonhos além de chegar ao final do ensino médio, então a falta de credibilidade das pessoas em mim já começava ai. As pessoas, menos a minha mãe. Quando eu tinha 16 anos eu decidi mudar de período na escola, indo do matutino ao noturno, para que assim tivesse um tempo para trabalhar e pagar o cursinho pré-vestibular. E isso já era uma audácia muito grande: desejar ingressar na Universidade Estadual de Londrina. A minha mãe não deixou que eu seguisse com estes planos, dizia que seria pesado demais conciliar trabalho e escola, e me sobraria pouco ou quase nenhum tempo livre pra diversão e coisas de adolescente. Por isso eu comecei a tentar estudar em casa mesmo, só com os materiais da escola – internet era um luxo inimaginável. Na verdade, nem computador eu tinha, e não tinha vaga ideia de quando eu teria um. A minha mãe trabalhava como costureira autônoma.

Esta mulher fotografou-se todos os dias durante um ano. O final nos deixa sem palavras

Esta mulher tirou uma fotografia de si própria todos os dias durante um ano. Este vídeo tem uma mensagem surpreendente. Vale a pena assistir e descobrir qual é.
«Ajuda-me, eu não sei se posso esperar até amanhã.», diz a mensagem no papel que aparece no final do vídeo.

Este curta-metragem do governo da Croácia alerta para o flagelo da violência doméstica, mostrando imagens chocantes que ilustram o pior que acontece em algumas casas, um pouco, em todo o mundo, todos os dias.

É tempo de dizer “BASTA”. A violência doméstica quer física, quer psicológica, quer incida sobre mulheres, homens, crianças ou idosos, tem de ter um fim.

COMPARTILHE ESTE VÍDEO e espalha a mensagem.


Lei Maria da Penha, Promotoras Legais Populares e Mulher Proteja-se: http://www.plp20.org.br/

domingo, 3 de agosto de 2014

Sônia T. Felipe: Chicote

Por Dr. phil. Sônia T. Felipe

É pelo golpe do chicote que o forçam a mover-se. Desde jovem. Escravizado. Passa o dia puxando a carroça carregada. Os cascos firmam-se contra o asfalto, resvalam nos paralelepípedos plantados de forma irregular, as lajotas deslocadas de seu berço, as poças d’água, as pedras que o fazem torcer a pata. E ele evoluiu para galopar nos prados...

O peso é descomunal. O da carroça, feita de madeira maciça, e o das rodas, feitas de ferro. Mas isso ainda não é tudo, não basta para os humanos que o mantêm na condição de refém, de escravo. Há mais peso ali, acrescentado ao da carroça. Ora é carga inerte, tijolo, telha, entulho, lixo. Ora é carga viva. E não é pouca.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Terceiro Fejuca Fest, 3 de agosto, Aclimação


Cidade para pessoas, de 8 a 12 de setembro



Ampliar o repertório de possibilidades no planejamento urbano tem sido nosso foco de pesquisa com o Cidades para Pessoas desde que o projeto foi criado, em 2010. Agora, teremos oficinas práticas para prototipar, em escala hiperlocal, algumas das ideias que apuramos pelo Brasil e pelo mundo.
A primeira Oficina Cidades para Pessoas acontece na Escola São Paulo, de 8 a 12 de setembro, e será parte do CoCidade, um festival de arte e exposição sobre iniciativas colaborativas urbanas. Ao longo de uma semana, a Oficina Cidades para Pessoas terá atividades práticas com quatro objetivos:

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Manioc: você toca um projeto vegano?



A empresa vegana Manioc (que até junho se chamava Quebra-Cabeça) está selecionando algumas ONGs/grupos/pessoas que trabalham efetivamente pelos animais e pelo veganismo para um projeto de parceria.
Se você é uma dessas pessoas que fazem a diferença, responda as perguntas abaixo e envie para  toco.projeto.vegano@gmail.com
1 – Qual é o nome do seu projeto?
2 – Em que ele consiste?
3 – Vocês têm um site, um blog, vídeos ou fotos para que possamos conhecer o trabalho de vocês?
4 – Qual é a cidade e estado da sede do projeto? Quais cidades e estados ele alcança/abrange?
5 – De onde vem a renda que mantém o seu projeto?
6 – Quantas pessoas estão na liderança do seu projeto?
7 – Quantos colaboradores diretos vocês têm? (pessoas que trabalham com vocês efetivamente)

8 – Quantos apoiadores vocês têm? (pessoas que conhecem o trabalho de vocês e torcem para que dê certo! Seja através de doações, seja através de elogios ou mesmo seguidores em redes sociais)


quarta-feira, 23 de julho de 2014

MPT aciona Justiça para que M. Officer seja banida de São Paulo por explorar escravos


Grife é acusada de se beneficiar de escravidão de maneira sistemática e praticar dumping social. Com base em lei paulista, procuradores pedem cassação de ICMS

O Ministério Público do Trabalho ajuizou Ação Civil Pública cobrando a responsabilização da M5, empresa detentora da marca M. Officer, pelo emprego sistemático de trabalho escravo em sua cadeia produtiva. Os procuradores Christiane Vieira Nogueira, Tatiana Leal Bivar Simonetti e Tiago Cavalcanti Muniz, que assinam a peça, pedem que a empresa seja condenada a pagar R$ 10 milhões, sendo R$ 7 milhões como danos morais coletivos por submeter pessoas a condições degradantes e jornadas exaustivas, e R$ 3 milhões pela prática do que classificam como dumping social, ou seja, a subtração constante de direitos trabalhistas como forma de se obter vantagens em relação a concorrentes. A ação pede que o valor total seja revertido para o “Fundo de Amparo ao Trabalhador ou seja convertido em bens ou serviços para reconstituição dos bens lesados”.

domingo, 6 de julho de 2014

A batalha de Erin Brockovich contra a Bayer

Regan Morris
BBC, Los Ángeles

A famosa ativista dos Estados Unidos está no centro de uma batalha contra a corporação alemã, em função das denúncias de milhares de mulheres contra o perigoso anticonceptivo Essure – método rápido e sem cirurgia de esterilização da mulher
Na década de 1990, Erin ficou famosa por ter enfrentado, sem formação universitária, o sistema corporativo estadunidense ao derrotar a empresa Pacific Gas & Eletric Company pela contaminação da água potável em Hinkley, Califórnia. Essa saga foi protagonizada por Julia Roberts, no filme “Erin Brockovich, uma mulher de talento”.
A ativista agora luta contra a Bayer e alerta sobre o perigoso método anticonceptivo, que esteriliza permanentemente a mulher de forma rápida e sem cirurgia. O procedimento consiste na inserção de pequenas espirais, em forma de bobinas,nas trompas de Falópio para impedir que o esperma chegue aos óvulos.

sábado, 7 de junho de 2014

Juliana Malhardes: receita de suco de maçã, gengibre e aipo

Ingredientes:

½ xícara de girassol descascado hidratado por 8 a 12 horas
3 maçãs
2 talos de aipo (com folhas)
3 lascadas de gengibre
Caldo de ¼ de limão

Preparo:

Liquidificar todos os ingredientes, pilando com ajuda de uma cenoura ou pepino até formar uma papa grosa e homogênea (se parecer impossível acrescente um pouco de água, apenas o bastante para ajudar a liquefazer). Forrar uma bacia com coador de voal aberto ou um pano de prato limpo, despejar o sumo, coar apertando com as mãos e beber com alegria!
Bom apetite e ótima germinação!



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Cavalos escravos: dor e sofrimento




Por Dr. phil. Sônia T. Felipe, no site Olhar Animal

Sabemos, há milênios, da existência de sensibilidade consciente em todos os animais, algo que acaba de ser confirmado pela Declaração de Cambridge sobre a Consciência em Humanos e Animais, proclamada em 7 de julho de 2012, na Inglaterra. Sabemos que eles têm inteligência, memória e raciocínio. Os filósofos greco-romanos (Ovídio, Sêneca, Plutarco e Porfírio), assim como Aristóteles, reconheciam que um nível não desprezível de racionalidade era próprio dos animais, não apenas dos humanos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Comer um amendoim e a carne de uma vaca dá no mesmo?

Dr. phil. Sônia T. Felipe, no site Olhar Animal

É comum nas palestras em defesa dos animais e de um modo de viver e de comer que não inclua nenhuma matéria animal no consumo, alguém dizer que as alfaces também "sofrem e sentem dor". Faz pelo menos vinte anos que ouço isso nos auditórios e ouvi também algumas vezes em sala de aula.
Se comemos um amendoim, pensam as pessoas, então comemos algo igual a um pedaço de carne, ao ovo e ao leite. Apenas uma parte disso está correta: o amendoim é rico em gordura saturada, proteína e minerais. Acaba-se aí a igualdade entre o presunto e o queijo (obtidos do corpo de animais que sofrem do dia em que nascem ao dia em que são mortos) e o amendoim. Esse pode ter desidratado ao ser torrado, mas, definitivamente, não sentiu dor alguma.

domingo, 1 de junho de 2014

Monsanto, a semente do diabo

Por Esther Vivas, no jornal Brasil de Fato:

“A semente do diabo”. Foi assim que o popular apresentador do canal estadunidense HBO, Bill Maher, em um de seus programas e em referência ao debate sobre os Organismos Geneticamente Modificados, batizou a multinacional Monsanto. Por quê? Trata-se de uma afirmação exagerada? O que esconde esta grande empresa da indústria das sementes? No último domingo, justamente, foi o dia mundial de luta contra a Monsanto. Milhares de pessoas em todo o planeta se manifestaram contra as políticas da companhia.

Juliana Malhardes em Visconde de Mauá/RJ


sábado, 3 de maio de 2014

Em guerra contra a Nestlé

Por Marina Almeida, no site da Agência Pública:

Da varanda do apartamento onde mora, Alzira Maria Fernandes olha para o Parque das Águas, em São Lourenço (MG), com tristeza. “Só acha bonito quem não viu como era antes. Eu frequentava muito ali. Era uma maravilha. Agora a Nestlé está acabando com tudo.” A principal preocupação da aposentada não está nos jardins planejados nem na mata nativa que o espaço, de 430 mil metros quadrados, abriga, mas no que ele esconde em seu subsolo: nove fontes de raras águas minerais e gasosas, com propriedades medicinais, que começaram a se formar há algumas dezenas ou centenas de anos.

“Água nenhuma mais tem sabor. A fonte Magnesiana chegou a secar, agora voltou, mas só cai uma tirinha, tirinha. E era bastante”, lamenta Alzira. No sul de Minas Gerais, ela e um pequeno grupo de moradores de São Lourenço acreditam que a exploração das águas para engarrafamento está afetando a qualidade do líquido e a vazão nas fontes. Reunidos na associação Amar’Água, eles tentam lutar contra a gigante multinacional e a legislação brasileira, guiada pela lógica da exploração comercial desse recurso mineral.

terça-feira, 22 de abril de 2014

ANIMAIS, SUJEITOS DE DIREITOS EMOCIONAIS


O site Olhar Animal noticia uma virada na história humana. Por força da lei, na França os animais serão considerados sujeitos de direitos emocionais ou seres sencientes.

E a mudança será feita. Na França, os animais deixarão de ser considerados meros objetos de propriedade pessoal dos humanos. Serão tratados pela lei como sujeitos de direitos emocionais, portanto, como seres sencientes. Ninguém poderá mais fazer o que bem entender a qualquer animal, mesmo que se considere “seu dono”. Essa mudança abole o estatuto de objetos ao qual os animais foram condenados indevidamente ao longo dos milênios. E o povo francês (89%) a vê como boa.

sábado, 19 de abril de 2014

Ovis aries morta

Ilustração: Saverio Polloni
Por Dr. phil. Sônia T. Felipe, publicado no sítio Olhar Animal

Ou, carne de ovelha nessa e em outras semanas nada “santas”. Uma longa leitura para o seu feriado dar no que pensar sobre esse animal.

A novilha, condenada à morte por estar cega, é resgatada por um menino que a leva para casa e a adota. Solidário com o gesto do garoto, um carneiro do rebanho Ovis aries torna-se fiel escudeiro da novilha cega. Guia-a na pastagem, cuida para que ela não caia nos precipícios, dorme com ela.

Vivem assim por quase quatro anos, nos quais ela deu à luz um bezerro, de quem o carneiro cuidou como se fosse pai, protegendo-o de predadores. De seus próprios rebentos ele não precisa cuidar, porque o rebanho de ovelhas faz isso muito bem sem ele. Mas do bezerro as ovelhas não cuidavam, então, ele, sim, o fez! Quando a vaca morreu de infecção pulmonar, esse carneiro ficou ao lado do corpo morto gritando por horas, no mais puro desespero por não conseguir acordá-la nem ajudá-la.

segunda-feira, 31 de março de 2014

WORKSHOP – APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA DE BAIXO IMPACTO – SP

Facilitador:
Leonardo Tannous possui graduação pelo Centro Universitário Senac (2009) como engenheiro ambiental, Livre Docência em Permacultura (2008), paisagista pela Escola Municipal de Jardinagem SVMA (2010) e Designer para a Sustentabilidade – Eccovillage Design Programme – Gaia Education – UMAPAZ/SVMA (2008).
Tem experiência na área de engenharia ambiental, com ênfase em manejo integrado de água na paisagem, atuando em projetos de aproveitamento de água de chuva, sistemas urbanos de
drenagem sustentável, tratamento biológico de efluentes, e como educador socioambiental. Atua na Fluxus Design Ecológico desde outubro de 2010.

DATAS:
- 22 de abril das 19h00 às 22h00 (TEORIA)
- 26 de abril das 08h30 às 17h30 (PRÁTICA)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sônia T. Felipe: Dieta de ratos

A palavra dieta deriva do grego díaita que significa modo de viver. Inclui todas as escolhas pessoais que tenham um princípio claro a inspirar a busca de certos resultados coerentes com o que o princípio estabelece. Por exemplo, se o princípio é o de viver sem causar violência a nenhum outro ser vivo, tudo o que escolhemos deve se pautar por esse princípio. Nesse sentido, os veganos escolhem viver sem usar, explorar e matar animais para quaisquer propósitos. Por isso se pode dizer que há uma díaita ou dieta vegana ou uma ética vegana.
Muito do que seguimos em nossa dieta não resulta de nossas decisões. São hábitos ou práticas que nos acostumaram a seguir desde muito pequenos. Por ser tão natural fazer as coisas de certo modo, pensamos que então é moral fazê-las desse modo e não de outro.
Comer, entre outros hábitos herdados, é um dos mais arraigados em nossa mente. Antes mesmo de nascermos já comemos pelo sangue de nossa progenitora os alimentos que ela aprendeu a comer desde sua própria infância. Por isso é tão difícil para muitas pessoas romper com a tradição diet(ética) de sua família.
Além de termos sido condicionados aos sabores, aromas e nutrientes presentes nos alimentos que nos deram para comer desde sempre, quando crescemos passamos a receber muitas informações medicinais comerciais sobre certos alimentos. A maioria dessas informações é programada no meio científico.
O mais gritante exemplo de propaganda medicinal de certos alimentos com certeza é o mito criado pelos médicos e cientistas de que só temos proteína boa para garantir a formação e reposição dos tecidos do nosso corpo se comermos comidas animalizadas, carnes, leite, laticínios e ovos. Quando escrevo “mito” estou sendo gentil.
Vou contar um pouco da história, para que todos possam saber o quanto de suas crenças dietéticas está fundado sobre pesquisas feitas, equivocadamente, em ratos, cujos resultados foram imediatamente transpostos para orientar a dieta humana. Se nosso metabolismo fosse igual ao dos ratos usados em experimentos nutricionais, seríamos então ratos e ratazanas. Como não somos, comemos o que nos disseram para comer. E sofremos todo tipo de doença causada pela alimentação ovo-galacto-carnista.
A mentira deslavada contada para todas as gerações que nasceram e viveram no século XX, algo que continua a ser reproduzido pela comunidade médica vinculada ao agronegócio, é que as únicas proteínas de boa qualidade para nutrir organismos humanos são as fornecidas pelas carnes, ovos e leites ou seus derivados.
Segundo o médico Dr. John McDougall (do Comitê dos Médicos por uma Medicina Responsável), autor do livro The Starch Solution (2012), um estudo levado a efeito em 1914 por Lafayette B. Mendel e Thomas B. Osborne, em ratos, concluiu que as proteínas dos alimentos animalizados servidos aos ratos eram superiores em qualidade às proteínas dos alimentos vegetais. A conclusão foi tirada porque os ratos cresceram mais rapidamente com as proteínas animalizadas do que com as proteínas vegetais. Desde então a comunidade médica seguiu a conclusão e passou a defender que os vegetais não possuem proteínas de qualidade para garantir a saúde humana.
Aquele estudo feito em ratos, entretanto, esqueceu de um pequeno detalhe: ratos alcançam seu tamanho adulto em apenas 6 meses, enquanto humanos levam 17 anos para alcançarem o tamanho adulto. Portanto, uma dieta boa para fazer crescer rato, quer dizer, altamente concentrada na proteína, não pode ser considerada ideal para garantir a saúde humana e aí estão as evidências do quanto tal dieta contribuiu para a derrocada da saúde humana nas últimas décadas. Ingerimos proteína em excesso, satisfazendo as vendas desses produtos mas detonando nossa saúde.
No início do século XX não se deu importância para esse pequeno e significativo detalhe, o de que a espécie humana tem ao seu dispor quase duas décadas para o crescimento do corpo, enquanto aguarda o desenvolvimento cerebral e mental, antes de chegar ao tamanho de um exemplar adulto. Os ratos precisam dar conta de sua vida com autonomia física em menos de um ano. Os humanos não devem crescer e se tornar adultos a não ser quando seu cérebro está desenvolvido e apto para cuidar do autoprovimento. Isso, conforme bem o sabemos, requer quase duas décadas de vida, de comida saudável (especialmente para nutrir o cérebro humano) e de espera paciente.
Quanto maior o tamanho de uma criança, mais esperamos dela comportamentos adequados à sua estatura. De ratos grandes esperamos comportamentos de ratos adultos. Não é favorável ao desenvolvimento psicossocial ou emocional de uma criança forçarmos sua mente a adotar padrões típicos de adultos. Portanto, ser grande logo à partida, em vez de representar uma vantagem ou um benefício para a criança, pode ser fonte de sofrimento e de pressões que ela não está apta a suportar.
O erro em usar ratos para obter padrões dietéticos para humanos não se restringiu à questão do crescimento, completamente diferente entre uma e outra espécie. Bioquimicamente, o estudo de Mendel e Osborne passou batido na questão dos aminoácidos essenciais, aqueles que precisamos obter através dos alimentos, porque nosso organismo ou o de outros animais não está evoluído para sintetizá-los. Então, quando os cientistas fizeram seu experimento com os ratos no início do século XX, eles não se importaram em conferir se o organismo dos ratos sintetizava ou não certos aminoácidos e se esses eram os mesmos sintetizados pelo organismo humano.
Enquanto o organismo de ratos requer 10 aminoácidos essenciais, ao humano bastam 8 aminoácidos . Do total dos 20 aminoácidos que formam a famosa proteína, nosso organismo sintetiza 12 a partir dos 8 obtidos dos alimentos. Não há um só aminoácido desses 20 necessários para compor a cadeia protéica que não possa ser obtido a partir dos vegetais. E os aminoácidos essenciais vegetais, esses 8 que são a base para a síntese dos outros 12, são absolutamente completos para formar e repor todos os tecidos do nosso corpo. O resto é invenção da propaganda medicinal de carnes, leite, laticínios e ovos. História mal contada. Péssima. Os hospitais estão abarrotados de humanos sofrendo de cardiopatias, diabetes, obesidade, hipertensão, reumatismos, isquemias e câncer.
Dieta animalizada, boa para fazer ratos crescerem rapidamente, nutre mal o organismo humano e o ameaça. Somado a tudo isso, os animais usados para produção de carnes, leite e ovos sofrem a agonia de uma vida privada de tudo o que diz respeito ao seu espírito específico, além do tormento das mazelas que afetam seus corpos. E ao comermos alimentos feitos de sua matéria corporal, ingerimos o que não nos interessa, caso queiramos ter saúde e longevidade.
Mais uma vez, testes e experimentos feitos em animais visando obter padrão para humanos resultam em desastre para os milhões de animais usados nos experimentos, que têm sua vida destruída pela pesquisa biomédica, e também para os humanos que são levados a comer algo que favorece o crescimento em tempo recorde, quando não precisamos ficar grandes antes do tempo e sim inteligentes o suficiente para nos conduzirmos em todas as questões com algum discernimento típico da espécie humana, não de ratazanas. 

Sônia T. Felipe | felipe@cfh.ufsc.br

Sônia T. Felipe, doutora em Teoria Política e Filosofia Moral pela Universidade de Konstanz, Alemanha (1991), fundadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Violência (UFSC, 1993); voluntária do Centro de Direitos Humanos da Grande Florianópolis (1998-2001); pós-doutorado em Bioética - Ética Animal - Univ. de Lisboa (2001-2002). Autora dos livros, Por uma questão de princípios: alcance e limites da ética de Peter Singer em defesa dos animais(Boiteux, 2003); Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas (Edufsc, 2006);Galactolatria: mau deleite (Ecoânima, 2012); Passaporte para o Mundo dos Leites Veganos (Ecoânima, 2012); Colaboradora nas coletâneas, Direito à reprodução e à sexualidade: uma questão de ética e justiça (Lumen & Juris, 2010); Visão abolicionista: Ética e Direitos Animais (ANDA, 2010); A dignidade da vida e os direitos fundamentais para além dos humanos (Fórum, 2008); Instrumento animal (Canal 6, 2008); O utilitarismo em foco (Edufsc, 2008); Éticas e políticas ambientais (Lisboa, 2004); Tendências da ética contemporânea (Vozes, 2000).

Cofundadora da Sociedade Vegana (no Brasil); colunista da ANDA (Questão de Ética) www.anda.jor.br; publica no Olhar Animal (www.pensataanimal.net); Editou os volumes temáticos da RevistaETHIC@,www.cfh.ufsc.br/ethic@ (Special Issues) dedicados à ética animal, à ética ambiental, às éticas biocêntricas e à comunidade moral. Coordena o projeto: Ecoanimalismo feminista, contribuições para a superação da discriminação e violência (UFSC, 2008-2014). Foi professora, pesquisadora e orientadora do Programa Interdisciplinar de Doutorado em Ciências Humanas e do Curso de Pós-graduação em Filosofia (UFSC, 1979-2008). É terapeuta Ayurvédica, direcionando seus estudos para a dieta vegana.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A carne é fraca completa 10 anos

Vegetariana de 72 anos aparenta ter 30

Por Fórum Notícias Naturais

Annette Larkins mostra sua horta no seu quintal do Condado de Miami-Dade. É cheio de frutas e vegetais. Em cada canto do seu jardim há algo comestível. Ela tambem coleta água da chuva para beber e regar suas plantas.

Annete diz que a comida da sua horta é a sua fonte da juventude

"Eu sou muito vibrante, tenho muita energia, como eu te disse antes, eu me levanto no máximo até as 5:30 da manhã como regra, e estou pronta para ir," ela disse.

Com voto histórico, TRF4 impede a liberação de milho transgênico da Bayer

Por Terra de Direitos

Decisão cria novos paradigmas jurídicos na matéria e também poderá servir para que se reavaliem todas as demais liberações comerciais de transgênicos no Brasil, já que em nenhum caso as empresas fizeram avaliações de riscos em todos os biomas do território nacional. 
  
Nesta quinta-feira (13), desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4 decidiram, por unanimidade, anular a decisão da Comissão Nacional Técnica de Segurança – CTNBio que liberou do milho transgênico Liberty Link, da multinacional Bayer. A decisão se deu sob o fundamento de ausência de estudos de avaliação de riscos advindos do transgênico. A sessão julgou a Ação Civil Pública proposta em 2007 pela Terra de Direitos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC e a Associação Nacional de Pequenos Agricultores e a AS-PTA, que questiona a legalidade da liberação comercial do Liberty Link.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Testes em animais: a quem serve?


Primeiramente devemos saber a diferença entre Vivissecção e Testes em Animais.

Vivissecção: Dissecação de animais vivos para estudos.

Testes em Animais: Todo e qualquer experimento com animais cuja  finalidade é a obtenção de um resultado seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou não envolver o ato da vivissecção.

Não é possível aceitarmos um comitê de ética para experimentação animal, pois consideramos que não existe ética nesse tipo de experimentação. Quando nos referimos aos animais, independentemente da espécie, raça, cor ou sexo, partimos do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo e tudo mais que podemos sentir.

Diferentemente do que muitos pensam, os animais não estão aqui para nos servir. É nosso dever respeitá-los e protegê-los como seres vivos.

Nem mesmo a utilização de animais na área médico-científica é justificável, uma vez que já se sabe que a utilização de animais em pesquisas é um retrocesso, um atraso na evolução científica, além de ser um grande desperdício de dinheiro público.

Você tem escolha




sábado, 15 de fevereiro de 2014

Vende-se um recanto do patrimônio do Brasil


No ano da celebração dos 250 anos do nascimento de José Bonifácio, sua casa na Ilha de Paquetá é posta à venda por R$ 1,4 milhão. Foi nesse pequeno canto, localizado na baía da Guanabara, que ele encontrou consolo após seis anos de exílio. Mais tarde, foi no casarão que amargou uma pena de prisão e passou os últimos anos de vida. Há uma proposta para transformar o imóvel em centro de pesquisas científicas. Contudo, a nove anos do bicentenário da Independência, um dos mais significativos símbolos da memória política do país pode perder-se para sempre


Myrian Luiz Alves, de Paquetá

Homem de consagrada carreira científica, José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu a 13 de junho de 1763 em Santos, no litoral paulista. De família abastada, seguiu para estudos na Europa, onde se aprofundou em filosofia, retórica e matemática, entre outras artes liberais clássicas. Lecionou e realizou pesquisas, em especial nas áreas de química e mineralogia, em Portugal e em outros países como Suécia e Noruega. Em seu retorno ao Brasil, registrou nos dois anos em que participou da política, entre 1821 e 1823, intensa reflexão sobre os desígnios da nação, sendo um dos principais responsáveis pela decisão de dom Pedro I proclamar a Independência, em 7 de setembro de 1822. Acabou entrando para nossa história com o honroso título de “Patriarca da Independência”. O que a história oficial pouco registra são seus muitos percalços políticos, entre tempos de exílio e de prisão. Raros são os que sabem que, nos períodos de desgraça, ele encontrou refúgio em um casarão na idílica ilha de Paquetá, na baía da Guanabara.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Minicurso Galactolatria no Espaço Spiralis, em Campinas/SP, dias 20 e 21 fevereiro de 2014

Nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Espaço Spiralis em Campinas, SP, será oferecido o minicurso: 

IMPLICAÇÕES ÉTICAS, AMBIENTAIS E NUTRICIONAIS DO CONSUMO DE LEITE E LATICÍNIOS

ministrado pela filósofa Dr. phil. Sônia T. Felipe, autora do livro Galactolatria: mau deleite (Ecoânima, 2012).

Parte I – Galactopoese (data: 20/02/14 – 19:00 às 22:00)
- Diferentes espécies, leites diferentes
- Composição do leite

Parte II – Galactogenia (data: 21/02/14 – 14:30 às 17:30)
- Intolerância e alergia ao leite (bagagem genética)
- Doenças e males associados ao consumo de leite bovino

Parte III – Galactoética (data: 21/02/14 – 19:00 às 22:00)
- Sofrimento animal (vacas e vitelos)
- Devastação ambiental (água, cereais, forragens)
- Excreção – montante em relação a cada laticínio consumido (excrementos, gás metano)
- Lastro da extração do leite (consumo de água, cereais, forragens, excrementos, gás metano)

Público alvo: O curso é aberto aos profissionais e estudantes interessados na questão da saúde humana, da devastação ambiental e do sofrimento animal.

Valor da inscrição R$ 40,00
Inscrições: spiralis@avisrara.com.br (telefones: 19 3258 8241 e 19 3258 9224)

Espaço Spiralis, Rua Rei Salomão, 295, Sousas – Campinas, SP





domingo, 19 de janeiro de 2014

USO DE ANIMAIS EM PRÁTICAS CIRÚRGICAS – PARTE 2

A ideia de que o uso de animais em treinamento de novos cirurgiões é importante para que estes adquiram autoconfiança é discutida no presente artigo.
Em 1994, M. Pavletic e colaboradores, trabalhando na Tufts University, realizaram um estudo comparativo sobre a aquisição de habilidade cirúrgica por estudantes de veterinária que participaram de um curso alternativo de procedimentos cirúrgicos e médicos de pequenos animais, em relação aos seus colegas que não participaram do mesmo curso, mas que treinaram em animais.
Os resultados de seu estudo mostram que não há evidências de que existam diferenças significativas no que diz respeito à habilidade de conduzir cirurgias comuns, procedimentos médicos e diagnósticos, capacidade de realizar cirurgias ortopédicas e em tecidos finos, confiança e capacidade de realizar procedimentos sem qualquer assistência.