Primeiramente devemos saber a diferença entre Vivissecção e
Testes em Animais.
Vivissecção: Dissecação de animais vivos para
estudos.
Testes em Animais: Todo e qualquer experimento com animais cuja finalidade é a obtenção de um resultado seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou não envolver o ato da vivissecção.
Não é possível aceitarmos um comitê de ética para
experimentação animal, pois consideramos que não existe ética nesse tipo de
experimentação. Quando nos referimos aos animais, independentemente da espécie,
raça, cor ou sexo, partimos do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo e
tudo mais que podemos sentir.
Diferentemente do que muitos pensam, os animais não estão
aqui para nos servir. É nosso dever respeitá-los e protegê-los como seres
vivos.
Nem mesmo a utilização de animais na área médico-científica
é justificável, uma vez que já se sabe que a utilização de animais em pesquisas
é um retrocesso, um atraso na evolução científica, além de ser um grande
desperdício de dinheiro público.
“De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em
animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira
vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as
pessoas que receberam a aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver
realizado pesquisas em macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta
da vacina para a pólio.”
“As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no
mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas
sofreram com o resultado”
Já existem inúmeras métodos substitutivos eficientes e
eficazes que podem e já estão sendo usados nessa área. Isso sem falar dos
modernos processos de análise genômica e sistemas biológicos in vitro, que vêm
sendo muito bem utilizado por pesquisadores brasileiros. Sem falar que culturas
de tecidos, provenientes de biópsia, cordões umbilicais ou placentas
descartadas, dispensam o uso de animais. Vacinas também podem ser fabricadas a
partir da cultura de células do próprio homem.
A vivissecção envolve basicamente interesses financeiros e
políticos, e nem tanto científicos como se pensava.
Quando um medicamento chega ao mercado, são os consumidores
as primeiras cobaias de fato, independentemente da quantidade de testes
conduzida previamente em animais. Somente os humanos podem exibir efeitos
desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada. A
indústria vivisseccionista não apenas coloca em risco nossas vidas como impede
que outras vidas sejam salvas.
Seguem Alguns Dados:
Várias diretrizes da União Européia foram firmadas com o
propósito de abolir os testes com animais, dentre eles o terrível DL 50.
Trata-se, portanto, de uma tendência mundial, em que a preocupação com o
bem-estar dos animais de laboratório provoca discussões éticas no meio acadêmico
e científico.
Na Europa muitas faculdades de medicina não utilizam mais
animais, nem mesmo nas matérias práticas como técnica cirúrgica e cirurgia,
oferecendo substitutivos em todos os setores.
Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais na
educação médica foi abolida. Sendo que na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de
Gales, Escócia e Irlanda) é contra a lei estudantes de medicina praticarem
cirurgia em animais. Note-se que os médicos britânicos são comprovadamente tão
competentes quanto quaisquer outros.
A produção de anticorpos monoclonais por meio de animais foi
banida na Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Suécia.
Na Itália, entre 2000 e 2001 mais de um terço das
universidades abandonaram a utilização de animais para fins didáticos. A
Província de Sul de Tirol, Itália, proibiu a experimentação em animais ao longo
de seu território.
Nos EUA, mais de 100 faculdades de Medicina (70%) não
utilizam animais vivos nas aulas práticas. As principais instituições de ensino
da Medicina, como a Harvard, Stanford e Yale julgam os laboratórios com animais
vivos desnecessários para o treinamento médico.
A abolição total dos testes em animais depende única e
exclusivamente de nós consumidores. Hoje, com as informações disponíveis,
podemos escolher entre produtos testados e não testados em animais. Nós devemos
pressionar e exigir o fim da utilização de animais pelas empresas que ainda
insistem em utilizar esse método retrógrado, ineficiente e cruel. Mas, mais
importante ainda, é fazer com que as indústrias saibam do nosso
descontentamento com seus métodos de pesquisa. Não adianta parar de usar um
produto sem comunicar a empresa sobre as razões que motivaram essa decisão.
Como consumidores, devemos exigir que nossas dúvidas sejam devidamente sanadas,
uma vez que toda e qualquer empresa tem o dever de nos informar sobre o produto
que estão vendendo, desde a matéria prima, fabricação, até os testes.
Teste de Irritação dos Olhos: É utilizado para medir a
ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em
cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais
conscientes. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize, pois
são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos
resultados. Para prevenir a que arranquem seus próprios olhos (auto-mutilação),
os animais são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças
se projetam. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente
através de clips de metal que seguram suas pálpebras. Durante o período do
teste, os animais sofrem de dor extrema, uma vez, que não são anestesiados. Embora
72 horas geralmente sejam suficientes para a obtenção de resultado, a prova
pode durar até 18 dias. Muitas vezes, usam-se os dois olhos de um mesmo coelho
para diminuir custos. As reações observadas incluem processos inflamatórios das
pálpebras e íris, úlceras, hemorragias ou mesmo cegueira. No final do
teste os animais são mortos para averiguar os efeitos internos das substâncias
experimentadas. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para olhos
humanos.
- a espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas
do coelho e do humano são diferentes;
- coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem
lágrimas);
- resultados de testes são sujeitos às interpretações
ambíguas;
- o que aparenta ser um dano grave para um técnico pode
parecer brando para um outro.
Teste Draize de Irritação Dermal: Consiste em
imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e
feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada
violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva).
Substâncias aplicadas à pele tosada do animal. Observam-se sinais de
enrijecimento cutâneo, úlceras, edema etc..
Teste LD 50: Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50
Perercent (dose letal 50%). Criado em 1920, o teste serve para medir a
toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias
e utiliza 200 ou mais animais. A prova consiste em forçar um animal a
ingerir uma determinada quantidade de substância, através de sonda gástrica.
Isso muitas vezes produz a morte por perfuração. Os efeitos observados incluem dores
angustiantes, convulsões, diarréia, dispnéia, emagrecimento, postura anormal,
epistaxe, supuração, sangramento nos olhos e boca, lesões pulmonares, renais e
hepáticas, coma e morte. Continua-se a administrar o produto, até que 50% do
grupo experimental morra. A substância também pode ser administrada por via
subcutânea, intravenosa, intraperitoneal, misturada à comida, por inalação, via
retal ou vaginal. As cobaias utilizadas incluem ratos, coelhos, gatos,
cachorros, cabras e macacos. No fim do teste, os animais que sobrevivem são
sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais nos EUA são
obrigados a inalar e a ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o
corpo, pasta dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente
tóxicas. Mesmo quando o LD 50 é usado para testar substâncias claramente
seguras, é praxe buscar a concentração que forçará a metade dos animais à
morte. Assim os animais têm de ser expostos a exorbitantes quantidades da
substâncias proporcionalmente impossíveis de serem ingeridas acidentalmente por
um ser humano. Este teste não se constitui em método científico confiável, haja
vista que os resultados são afetados pela espécie, idade, sexo dos animais, bem
como as condições de alojamento, temperatura, hora do dia, época do ano e o
método de administração da substância. Um prognóstico seguro da dose letal para
os humanos é impossível de ser detectado através dos animais.
Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco: Animais são
obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois serem dissecados, a
fim de estudar os efeitos de suas substâncias no organismo. Mesmo sabendo que
tais efeitos já são mais do que conhecidos.
Experimentos de Comportamento e Aprendizado: A
finalidade é o estudo do comportamento de animais submetidos a todo tipo de
privação (materna, social, alimentar, de água, de sono etc.), inflição de dor
para observações do medo, choques elétricos para aprendizagem e indução a
estados psicológicos estressantes. Muitos desses estudos são realizados através
da abertura do cérebro em diversas regiões e da implantação de eletrodos no
mesmo, visando ao estímulo de diferentes áreas para estudo fisiológico. Alguns
exemplos: Animais têm parte do cérebro retirada e são colocados em labirintos
para que achem a saída; animais com eletrodos implantados no cérebro são
ensinados a conseguir comida apertando um botão, caso apertem um botão errado
recebem um choque elétrico; animais operados e com estado meramente vegetativo
são deixados durante dias inteiros em equilíbrio, sobre plataformas cercadas de
água, para evitar que durmam. Filhotes recém nascidos são separados de suas
mães etc..
Experimentos Armamentistas: Os animais são submetidos a
testes de irradiação de armas químicas (apresentando sintomas como vômito,
salivação intensa e letargia). São usados em provas biológicas (exposição à
insetos hematófagos); testes balísticos (os animais servem de alvo); provas de
explosão (os animais são expostos ao efeito bomba); testes de inalação de
fumaça, provas de descompressão, testes sobre a força da gravidade, testes com
gases tóxicos. São baleados na cabeça, para estudo da velocidade dos mísseis. Os
animais normalmente usados são ovelhas, porcos, cães, coelhos, roedores e macacos. Os testes
são executados meramente para testar a eficiência de armas de guerra, e não
para aperfeiçoar o tratamento de vítimas de guerra.
Pesquisa de Programa Espacial: Em geral são usados
macacos e cães. Normalmente os animais são lançados ao espaço por meio de
balões, foguetes, cápsulas espaciais, mísseis e pára-quedas. São avaliados os
parâmetros fisiológicos das cobaias por meio de fios, agulhas, máscara etc..
Testes comportamentais e de força da gravidade também são realizados.
Teste de Colisão: Os animais são lançados contra
paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são
arrebentados e mortos nesta prática.
Pesquisas Dentárias: Os animais são forçados a manter
uma dieta nociva com açúcaresdurante três semanas ou têm bactérias introduzidas
em suas bocas para estimular a decomposição dos dentes. Depois disso, são
submetidos aos testes odontológicos. Muitas vezes, os animais têm suas
gengivas descoladas e a arcada dentária removida. Os animais mais usados são macacos,
cães e camundongos.
Dissecação: Animais são dissecados vivos nas
universidades e outros centros de estudo.
Cirurgias Experimentais e Práticas Médico-Cirúrgicas: Cães,
gatos, macacos e porcos são usados como modelos experimentais para o desenvolvimento
de novas técnicas-cirúrgicas ou aperfeiçoamento das já existentes. Cirurgias
toráxicas, abdominais, ortopédicas, neurológicas, transplantes são
constantemente realizadas. Não é raro ver animais mutilados, tendo seus membros
quebrados, costurados, decapitado sem nenhum uso de anestesia!
Experimentação Animal na Educação: São várias as
finalidades dos experimentos realizados com animais em universidades
brasileiras: observação de fenômenos fisiológicos e comportamento a partir da
administração de drogas; estudos comportamentais de animais em cativeiro;
conhecimento da anatomia interna; e desenvolvimento de habilidades e técnicas
cirúrgicas. Os experimentos são comuns em cursos de Medicina Humana e
veterinária, Odontologia, Psicologia, Educação Física, Biologia, Química,
Enfermagem, Farmácia e Bioquímica. Essas práticas vêm sendo severamente
criticadas por educadores e profissionais. Seus argumentos são de ordem ética
e, em alguns casos, técnica, levantados em favor de educação mais inteligente e
responsável. Abaixo estão descrições breves dos experimentos mais encontrados
nas universidades:
Miografia: Um músculo esquelético, geralmente da perna, é
retirado da rã ainda viva para estudar a resposta fisiológica a estímulos
elétricos.
Sistema Nervoso: Uma rã é decapitada e um instrumento
pontiagudo é introduzido repetidamente na sua espinha dorsal, observando-se o
movimento dos músculos esqueléticos do restante do corpo.
Sistema Cardiorespiratório: Um cão é anestesiado, tem seu
tórax aberto e observa-se os movimentos pulmonares e cardíacos. Em seguida
aplicam-se drogas, como adrenalina e acetilcolina, para análise da resposta dos
movimentos cardíacos. Outras intervenções podem ser realizadas. Por fim, o
animal é morto.
Anatomia Interna: Diversos animais podem ser utilizados para
tal finalidade. Geralmente são mortos ou são sacrificados como parte do
exercício, com éter ou anestesia intravenosa.
Estudos Psicológicos: Ratos, porcos-da-índia ou pequenos
macacos podem ser utilizados como instrumento de estudo. São vários os
experimentos realizados. Privação de alimentos ou água (caixa de Skinner, por
exemplo); experimentos com cuidado materno (a prole é separada dos genitores);
indução de estresse (utilizando-se choques elétricos, por exemplo);
comportamento social em indivíduos artificialmente debilitados ou
caracterizados. Alguns animais são mantidos durante toda a vida em condições de
experimentos, outros são mortos pelas condições extremas de estresse ou quando
não podem mais ser reutilizados.
Habilidades Cirúrgicas: Muitos animais, geralmente
vivos, podem utilizados para estas práticas.
Farmacologia: Geralmente pequenos mamíferos, como ratos e
camundongos. Drogas são injetadas intravenosas, intramuscular ou diretamente no
estômago (via trato digestivo por catéter ou injeção). Os efeitos são
visualizados e registrados.
Fontes: FBAV e Livro "A verdadeira Face da
Experimentação Animal" - Sergio Greif & Thales Tréz
01) Descoberta da relação entre colesterol e doenças
cardíacas.
02) Descoberta da relação entre o hábito de fumar
e o câncer, e a nutrição e câncer.
03) Descoberta da relação entre hipertensão e ataques
cardíacos.
04) Descoberta das causas de traumatismos e os meios de
prevenção.
05) Elucidação das muitas formas de doenças
respiratórias.
06) Isolamento do vírus da AIDS.
07) Descoberta dos mecanismos de transmissão da AIDS.
08) Descoberta da penicilina e seus efeitos terapêuticos
em várias doenças.
09) Descoberta do Raio-X.
10) Desenvolvimento de drogas anti-depressivas e
anti-psicóticas.
11) Desenvolvimento de vacinas, como a febre amarela.
12) Descobrimento da relação entre exposição química e
seus efeitos nocivos.
13) Descoberta do Fator RH humano.
14) Descoberta do mecanismo de proteína química nas
células, incluindo substâncias nucléicas.
15) Desenvolvimento do tratamento hormonal para o
câncer de próstata.
16) Descoberta dos processos químicos e fisiológicos do
olho.
17) Interpretação do código genético e sua função na
síntese de proteínas.
18) Descoberta do mecanismo de ação dos hormônios.
19) Entendimento da bioquímica do colesterol e
"hipercolesterolemia" familiar.
20) Produção de "humulina", cópia sintética
da insulina humana, que causa menos reações alérgicas.
21) Entendimento da anatomia e fisiologia humana.
Fonte: "Physicians Committee for Responsible
Medicine"
01) Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque
câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de
laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer. (2)
02) Embora haja evidências clínicas e epidemiológicas
de que a exposição à benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi
retida como produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos
fabricantes para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à
benzina falharam. (1)
03) Experimentos em ratos, hamsters,
porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e
câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational,
Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos (1)
04) Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como
substância cancerígena para humanos por várias décadas, cientistas encontraram
poucas evidências em animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido (6),
após o câncer ter sido reproduzido em animais de laboratório. (7) (8) (9)
05) Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque
cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em
animais de laboratório.
06) Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu
desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os
animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.
07) Modelos animais de doenças cardíacas falharam em
mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de
doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença,
as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.
08) Pacientes receberam medicamentos inócuos ou prejudiciais
à saúde, por causa dos resultados de modelos de derrame em animais.
09) Erroneamente, estudos em animais atestaram que os
Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o
desenvolvimento da substância (10) (11) (12). Até mesmo os vivisseccionistas
admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto.
Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.
10) Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a
Keratotomia Radial (cirurgia para melhorar a visão) em coelhos, mas o
procedimento cegou os primeiros pacientes humanos. Isso porque a córnea do
coelho tem capacidade de se regenerar internamente, enquanto a córnea humana se
regenera apenas superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na
superfície da córnea humana.
11) Transplantes combinados de coração e pulmão também
foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes
morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia (13). De 28 pacientes operados
entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram
Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos
experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram
viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante
passou a ser o maior risco da operação (14)
12) Ciclosporin A inibe a rejeição de órgãos e seu
desenvolvimento foi um marco no sucesso dos transplantes. Se as evidências
irrefutáveis em humanos não tivessem derrubado as frágeis provas obtidas com
testes em animais, a droga jamais teria sido liberada. (15)
13) Experimentos em animais falharam em prever toxidade
nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o
medicamento perderam todas as suas funções renais.
14) Testes em animais atrasaram o início da utilização
de relaxantes musculares durante anestesia geral.
15) Pesquisas em animais não revelaram que algumas
bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com
antibióticos.
16) Mais da metade dos 198 medicamentos lançados entre
1976 e 1985 foram retirados do mercado ou passaram a trazer nas bulas efeitos
colaterais, que variam de severos a imprevisíveis (16). Esses efeitos incluem
complicações como disritmias letais, ataques cardíacos, falência renal,
convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática e derrame, entre
outros.
17) Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite,
testado em ratos, macacos e cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram
após tomar a droga.
18) Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem
incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em
humanos.
19) Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado
a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados
em animais não apontaram efeitos colaterais.
20) Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca,
foi testado em inúmeros animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram
trombocitopenia, ou seja, ausência de células necessárias para coagulação.
21) Fialuridina, uma medicação antiviral, causou danos
no fígado de 7 entre 15 pessoas. Cinco acabaram morrendo e as outras duas
necessitaram de transplante de fígado. (17) A droga funcionou bem em marmotas.
(18) (19)
22) Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com
ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o
mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.
23) A medicação para a doença do coração Eraldin
provocou 23 mortes e casos de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito
colateral ter sido observado em animais. Quando lançado, os cientistas
afirmaram que houve estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após
as mortes e os casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso
desenvolver em animais efeitos similares aos das vítimas. (20)
24) Opren, uma droga para artrite, matou 61 pessoas.
Mais de 3500 casos de reações graves têm sido documentados. Opren foi testado
sem problemas em macacos e outros animais.
25) Zomax, outro medicamento para artrite, matou 14
pessoas e causou sofrimento a muitas.
26) A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado
para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico
demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por
overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados
semelhantes em animais. (21) (22) (23) (24) (25) (26)
27) Metisergide, medicamento usado para tratar dor de
cabeça, provoca fibrose retroperitonial ou severa obstrução do coração, rins e
veias do abdômen. (27) Cientistas não estão conseguindo reproduzir os mesmos
efeitos em animais. (28)
28) Suprofen, uma droga para artrite, foi retirada do
mercado quando pacientes sofreram intoxicação renal. Antes do lançamento da
droga, os pesquisadores asseguraram que os testes tiveram (29) (30)
"perfil de segurança excelente, sem efeitos cardíacos, renais ou no SNC
(Sistema Nervoso Central) em nenhuma espécie".
29) Surgam, outra droga para artrite, foi designada
como tendo fator protetor para o estômago, prevenindo úlceras, efeito colateral
comum de muitos medicamentos contra artrite. Apesar dos resultados em testes
feitos em animais, úlceras foram verificadas em humanos (31) (32).
30) O diurético Selacryn foi intensivamente testado em
animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas
morrerem por insuficiência hepática causada pela droga. (33) (34)
31) Perexilina, medicamento para o coração, foi
retirado do mercado quando produziu insuficiência hepática não foi
prognosticada em estudos com animais. Mesmo sabendo que se tratava de um tipo
de insuficiência hepática específica, os cientistas não conseguiram induzi-la
em animais. (35)
32) Domperidone, droga para o tratamento de náusea e
vômito, provocou batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser
retirada do mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em
cães, mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior. (36) (37)
33) Mitoxantrone, usado em um tratamento para câncer,
produziu insuficiência cardíaca em humanos. Foi testado extensivamente em cães,
que não manifestaram os mesmos sintomas. (38) (39)
34) A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação
de úlceras gástricas, mas causou retenção de água a ponto de causar
insuficiência cardíaca em alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga
em humanos, os cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos,
sem conseguirem reproduzir os mesmos sintomas. (40) (41)
35) O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma
condição intestinal em humanos chamada colite
pseudomembranosa. O medicamento foi testado em ratos e cães,
diariamente, durante um ano.
As cobaias toleraram doses 10 vezes maiores que os seres
humanos. (42) (43) (44)
36) Experiências em animais não comprovaram a eficácia
de drogas como o valium, durante ou depois de seu desenvolvimento (45) (46)
37) A companhia farmacêutica Pharmacia & Upjohn
descontinuou testes clínicos dos comprimidos de Linomide (roquinimex) para o
tratamento de esclerose múltipla, após oito dos 1200 pacientes sofrerem ataques
cardíacos em conseq¸ência da medicação. Experimentos em animais não previram
esse risco.
38) Cylert (pemoline), um medicamento usado no
tratamento de Déficit de Atenção/Hiperatividade, causou insuficiência hepática
em 13 crianças. Onze delas ou morreram ou precisaram de transplante de fígado.
39) Foi comprovado que o Eldepryl (selegilina), medicamento
usado no tratamento de Doença de Parkinson, induziu um grande aumento da
pressão arterial dos pacientes. Esse efeito colateral não foi observado em
animais, durante o tratamento de demência senil e desordens endócrinas.
40) A combinação das drogas para dieta fenfluramina e
dexfenfluramina - ligadas a anormalidades na válvula do coração humano - foram
retiradas do mercado, apesar de estudos em animais nunca terem revelado tais
anormalidades. (47)
41) O medicamento para diabetes troglitazone, mais
conhecido como Rezulin, foi testado em animais sem indicar problemas
significativos, mas causou lesão de fígado em humanos. O laboratório admitiu
que ao menos um paciente morreu e outro teve que ser submetido a um transplante
de fígado. (48)
42) Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no
tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da
droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta
em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram
invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da
Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter
sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes. (49) (50) (51) (52)
43) FK506, hoje chamado Tacrolimus, é um agente
anti-rejeição que quase ficou engavetado antes de estudos clínicos, por ser
extremamente tóxico para animais. (53) (54) Estudos em cobaias sugeriram que a
combinação de FK506 com cyclosporin potencializaria o produto. (55) Em humanos
ocorreu exatamente o oposto. (56)
44) Experimentos em animais sugeriram que os
corticosteróides ajudariam em casos de choque séptico, uma severa infecção
sang¸ínea causada por bactérias. (57) (58). Em humanos, a reação foi diferente,
tendo o tratamento com corticosteróides aumentado o índice de mortes em casos
de choque séptico. (59)
45) Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos,
Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que
ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido
realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e
talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey,
ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da
penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos
40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso
da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.
46) No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou
retido como preventivo de cáries, porque causou câncer em ratos. (60) (61) (62)
47) As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas
no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas
sofreram com o resultado (*nota do tradutor: A Talidomina foi desenvolvida em
1954 destinada a controlar ansiedade, tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser
comercializada e em 1960 foram descobertos os efeitos teratogênicos provocados
pela droga, quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de
gestação interfere na formação do feto, provocando a focomelia que é o
encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de
focas.)
48) Pesquisas em animais produziram dados equivocados
sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de
informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas
abreviadas.
49) De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em
animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira
vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as
pessoas que receberam a aplicação.
50) Muitos pesquisadores que trabalham com animais
ficam doentes ou morrem devido à exposição a microorganismos e agentes
infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos,
como por exemplo o vírus da Hepatite B.
Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos
experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em
humanos. Estudos clínicos, pesquisas in-vitro, autópsias, acompanhamento da
droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em
genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e
propiciam resultados precisos.
Importante salientar que experiências em animais têm
exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre
perigos para a saúde e como preservá-la, diminuindo assim a incidência de doenças
que requerem tratamento.
Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de
doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência
que tem como base os seres humanos.
O que são alternativas?
Definimos alternativas como recursos educacionais ou
abordagens educativas que substituam o uso de animais ou complementem práticas
humanitárias de ensino. A educação humanitária no ensino de ciências pode
ser encontrada quando:
- estudantes são respeitados em sua liberdade
de escolha e opinião
- animais não são submetidos a sofrimento ou
mortos em praticas educativas
- os objetivos educacionais são obtidos
utilizando-se métodos e abordagens
alternativas
- a educação estimula a visão holística e
o respeito à vida
Alternativas são Inovadoras: A adoção de métodos
alternativos mantém a educação atualizada e sincronizada com o progresso
tecnológico, com o desenvolvimento de métodos de ensino e contribuem para o
pensamento ético. Mostram o respeito para com as considerações éticas dos
professores e estudantes, e para com os animais. Com várias alternativas, os
estudantes podem aprender em seu próprio ritmo. A qualidade da educação é
acentuada, criando um ambiente saudável de aprendizagem com o mínimo de
conflitos negativos, distração ou complicação. Muitos métodos humanitários de
ensino são simples, previsíveis e repetitíveis, de modo que princípios
experimentais e objetivos posam ser aprendidos eficientemente. A auto-experimentação
pode ser altamente memorizável e divertida, e alternativas avançadas como
realidade virtual e multimídia são excitantes no uso.
Alternativas são Eficientes: O uso de alternativas e
uma combinação de cuidados específicos no ensino possibilitam o alcance dos
objetivos de ensino de qualquer prática com animais. Além do mais, estudos
publicados que têm avaliado a eficiência de métodos alternativos tem mostrado que
os estudantes que optam por alternativas aprendem tão bem quanto, e em alguns
casos melhor, que os estudantes que utilizam o método tradicional de
experimentação animal. Alternativas são mais econômicas também: muitas
alternativas e mesmo métodos de ensino são baratas quando comparadas ao gasto
com a manutenção, compra ou criação de animais. Outras alternativas requerem um
gasto inicial considerável, mas os benefícios do investimento são aparentemente
imediatos, e os custos podem ser cobertos à longo prazo, pois poupam o gasto
exigido com o uso de animais.
Modelos e Simuladores: Modelos e simuladores mecânicos
podem ser muito úteis ao estudo de anatomia, fisiologia e cirurgia. Eles vão de
modelos simples e baratos à equipamentos computadorizados. Modelos mecânicos
como simuladores de circulação podem oferecer uma excelente visão de processos
fisiológicos, e simuladores de pacientes ligados à computadores e manequins, e
controles sofisticados de operação estão substituindo cada vez mais o uso de
animais no treinamento médico.
Filmes e Vídeos Interativos: Filmes são baratos, fáceis
de se obter, duradouros e fáceis de usar. Eles oferecem a possibilidade de
repetição, utilizando câmera lenta, e mostrando detalhes em closes. A adição de
gráficos, animações e elementos interativos podem acentuar o seu valor
educativo; e com faixas audio-visuais os estudantes podem acompanhar uma
gravação de um experimento enquanto monitoram os equipamentos que registram os
detalhes do experimento.
Simulação Computadorizadas e Realidade Virtual: Alternativas
computadorizadas podem ser altamente interativas e incorporar outros meios como
gráficos de alta qualidade, filmes, e frequentemente CD Roms. Eles podem ser
baseados em dados experimentais atuais ou serem gerados de equações clássicas,
e podem incluir variação biológica. Alguns permitem a adaptação pelos
professores, de modo a possibilitar os objetivos específicos da aula. A
aprendizagem através de computadores não apenas permite a exploração de
disciplinas por novos caminhos e em grande profundidade, como também capacita
os estudantes para um futuro onde a Informação-Tecnologia terão um papel
dominante. Desenvolvimentos no campo da realidade virtual têm possibilitado o
uso de técnicas de imagem de alta qualidade no trabalho de diagnóstico e
tratamento no estudo e prática de medicina humana. Com as técnicas disponíveis
atualmente, o desenvolvimento de novas alternativas computadorizadas e o
aperfeiçoamento de produtos existentes é quase ilimitado.
Auto-Experimentação: Estudantes de biologia e medicina
de muitas universidades participam ativamente em práticas cuidadosamente
supervisionadas onde eles são os animais experimentais para o estudo de
fisiologia, bioquímica e outras áreas. Ingerindo substâncias como café ou
açúcar, administrando drogas como diuréticos, e usando eletrodos externos para
a mensuração de velocidade de sinais nervosos estão entre os muitos testes que
podem ser aplicados em si mesmo ou nos colegas.
Uso Responsável de Animais: Para estudantes que
precisam de experiências práticas com animais, tais necessidades podem ser
supridas de diversas maneiras humanitárias. Animais que morreram naturalmente,
ou que sofreram eutanásia por motivos clínicos, ou que foram mortos em
estradas, etc., são utilizados em algumas universidades para o estudo de
anatomia e cirurgia. Para estudantes que precisam do uso de animais vivos, a
prática clínica é o método mais aplicado e humanitário; em alguns cursos de
veterinária, por exemplo, a habilidade cirúrgica é aprendida pelos estudantes
através de operações severamente supervisionadas em pacientes animais, em
clínicas veterinárias.
Estudos de Campo e de Observação: Existe uma gama ilimitada
de práticas alternativas que podem ser aplicadas através do estudo em campo.
Animais selvagens e domésticos, e obviamente humanos, oferecem oportunidades
para o estudo prático não invasivo e não prejudicial no estudo de zoologia,
anatomia, fisiologia, etologia, epidemiologia e ecologia. Tais métodos podem
estimular os estudantes a reconhecerem suas responsabilidades sociais e
ambientais.
Experiências In Vitro: Muitos procedimentos
bioquímicos envolvendo tecido animal podem ser adequadamente experimentados em
cultura de tecidos. Outros métodos in vitro, particularmente em toxicologia,
podem ser utilizados microorganismos, cultura de células, substituindo o uso de
animais e oferecendo excelente preparação para profissões em pesquisas humanas.
Fonte Interniche Brasil
Você gostaria que os testes em animais acabassem?
- Evite usar os produtos testados em animais;
- Conscientize as pessoas a não usarem produtos testados em
animais;
- Imprima panfletos educacionais e distribua o máximo que
puder: Clique Aqui;
- Divulgue a lista de produtos sem crueldades do site da
PEA: Clique Aqui;
- Envie e-mails às empresas que testam informando que
deixarão de usar os produtos enquanto elas testarem em animais;
- Mobilize as pessoas ao seu redor a fazer o mesmo;
- Exija das empresas que parem os testem em animais;
- Incentive à adoção de métodos substitutivos.