Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

segunda-feira, 31 de março de 2014

WORKSHOP – APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA DE BAIXO IMPACTO – SP

Facilitador:
Leonardo Tannous possui graduação pelo Centro Universitário Senac (2009) como engenheiro ambiental, Livre Docência em Permacultura (2008), paisagista pela Escola Municipal de Jardinagem SVMA (2010) e Designer para a Sustentabilidade – Eccovillage Design Programme – Gaia Education – UMAPAZ/SVMA (2008).
Tem experiência na área de engenharia ambiental, com ênfase em manejo integrado de água na paisagem, atuando em projetos de aproveitamento de água de chuva, sistemas urbanos de
drenagem sustentável, tratamento biológico de efluentes, e como educador socioambiental. Atua na Fluxus Design Ecológico desde outubro de 2010.

DATAS:
- 22 de abril das 19h00 às 22h00 (TEORIA)
- 26 de abril das 08h30 às 17h30 (PRÁTICA)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sônia T. Felipe: Dieta de ratos

A palavra dieta deriva do grego díaita que significa modo de viver. Inclui todas as escolhas pessoais que tenham um princípio claro a inspirar a busca de certos resultados coerentes com o que o princípio estabelece. Por exemplo, se o princípio é o de viver sem causar violência a nenhum outro ser vivo, tudo o que escolhemos deve se pautar por esse princípio. Nesse sentido, os veganos escolhem viver sem usar, explorar e matar animais para quaisquer propósitos. Por isso se pode dizer que há uma díaita ou dieta vegana ou uma ética vegana.
Muito do que seguimos em nossa dieta não resulta de nossas decisões. São hábitos ou práticas que nos acostumaram a seguir desde muito pequenos. Por ser tão natural fazer as coisas de certo modo, pensamos que então é moral fazê-las desse modo e não de outro.
Comer, entre outros hábitos herdados, é um dos mais arraigados em nossa mente. Antes mesmo de nascermos já comemos pelo sangue de nossa progenitora os alimentos que ela aprendeu a comer desde sua própria infância. Por isso é tão difícil para muitas pessoas romper com a tradição diet(ética) de sua família.
Além de termos sido condicionados aos sabores, aromas e nutrientes presentes nos alimentos que nos deram para comer desde sempre, quando crescemos passamos a receber muitas informações medicinais comerciais sobre certos alimentos. A maioria dessas informações é programada no meio científico.
O mais gritante exemplo de propaganda medicinal de certos alimentos com certeza é o mito criado pelos médicos e cientistas de que só temos proteína boa para garantir a formação e reposição dos tecidos do nosso corpo se comermos comidas animalizadas, carnes, leite, laticínios e ovos. Quando escrevo “mito” estou sendo gentil.
Vou contar um pouco da história, para que todos possam saber o quanto de suas crenças dietéticas está fundado sobre pesquisas feitas, equivocadamente, em ratos, cujos resultados foram imediatamente transpostos para orientar a dieta humana. Se nosso metabolismo fosse igual ao dos ratos usados em experimentos nutricionais, seríamos então ratos e ratazanas. Como não somos, comemos o que nos disseram para comer. E sofremos todo tipo de doença causada pela alimentação ovo-galacto-carnista.
A mentira deslavada contada para todas as gerações que nasceram e viveram no século XX, algo que continua a ser reproduzido pela comunidade médica vinculada ao agronegócio, é que as únicas proteínas de boa qualidade para nutrir organismos humanos são as fornecidas pelas carnes, ovos e leites ou seus derivados.
Segundo o médico Dr. John McDougall (do Comitê dos Médicos por uma Medicina Responsável), autor do livro The Starch Solution (2012), um estudo levado a efeito em 1914 por Lafayette B. Mendel e Thomas B. Osborne, em ratos, concluiu que as proteínas dos alimentos animalizados servidos aos ratos eram superiores em qualidade às proteínas dos alimentos vegetais. A conclusão foi tirada porque os ratos cresceram mais rapidamente com as proteínas animalizadas do que com as proteínas vegetais. Desde então a comunidade médica seguiu a conclusão e passou a defender que os vegetais não possuem proteínas de qualidade para garantir a saúde humana.
Aquele estudo feito em ratos, entretanto, esqueceu de um pequeno detalhe: ratos alcançam seu tamanho adulto em apenas 6 meses, enquanto humanos levam 17 anos para alcançarem o tamanho adulto. Portanto, uma dieta boa para fazer crescer rato, quer dizer, altamente concentrada na proteína, não pode ser considerada ideal para garantir a saúde humana e aí estão as evidências do quanto tal dieta contribuiu para a derrocada da saúde humana nas últimas décadas. Ingerimos proteína em excesso, satisfazendo as vendas desses produtos mas detonando nossa saúde.
No início do século XX não se deu importância para esse pequeno e significativo detalhe, o de que a espécie humana tem ao seu dispor quase duas décadas para o crescimento do corpo, enquanto aguarda o desenvolvimento cerebral e mental, antes de chegar ao tamanho de um exemplar adulto. Os ratos precisam dar conta de sua vida com autonomia física em menos de um ano. Os humanos não devem crescer e se tornar adultos a não ser quando seu cérebro está desenvolvido e apto para cuidar do autoprovimento. Isso, conforme bem o sabemos, requer quase duas décadas de vida, de comida saudável (especialmente para nutrir o cérebro humano) e de espera paciente.
Quanto maior o tamanho de uma criança, mais esperamos dela comportamentos adequados à sua estatura. De ratos grandes esperamos comportamentos de ratos adultos. Não é favorável ao desenvolvimento psicossocial ou emocional de uma criança forçarmos sua mente a adotar padrões típicos de adultos. Portanto, ser grande logo à partida, em vez de representar uma vantagem ou um benefício para a criança, pode ser fonte de sofrimento e de pressões que ela não está apta a suportar.
O erro em usar ratos para obter padrões dietéticos para humanos não se restringiu à questão do crescimento, completamente diferente entre uma e outra espécie. Bioquimicamente, o estudo de Mendel e Osborne passou batido na questão dos aminoácidos essenciais, aqueles que precisamos obter através dos alimentos, porque nosso organismo ou o de outros animais não está evoluído para sintetizá-los. Então, quando os cientistas fizeram seu experimento com os ratos no início do século XX, eles não se importaram em conferir se o organismo dos ratos sintetizava ou não certos aminoácidos e se esses eram os mesmos sintetizados pelo organismo humano.
Enquanto o organismo de ratos requer 10 aminoácidos essenciais, ao humano bastam 8 aminoácidos . Do total dos 20 aminoácidos que formam a famosa proteína, nosso organismo sintetiza 12 a partir dos 8 obtidos dos alimentos. Não há um só aminoácido desses 20 necessários para compor a cadeia protéica que não possa ser obtido a partir dos vegetais. E os aminoácidos essenciais vegetais, esses 8 que são a base para a síntese dos outros 12, são absolutamente completos para formar e repor todos os tecidos do nosso corpo. O resto é invenção da propaganda medicinal de carnes, leite, laticínios e ovos. História mal contada. Péssima. Os hospitais estão abarrotados de humanos sofrendo de cardiopatias, diabetes, obesidade, hipertensão, reumatismos, isquemias e câncer.
Dieta animalizada, boa para fazer ratos crescerem rapidamente, nutre mal o organismo humano e o ameaça. Somado a tudo isso, os animais usados para produção de carnes, leite e ovos sofrem a agonia de uma vida privada de tudo o que diz respeito ao seu espírito específico, além do tormento das mazelas que afetam seus corpos. E ao comermos alimentos feitos de sua matéria corporal, ingerimos o que não nos interessa, caso queiramos ter saúde e longevidade.
Mais uma vez, testes e experimentos feitos em animais visando obter padrão para humanos resultam em desastre para os milhões de animais usados nos experimentos, que têm sua vida destruída pela pesquisa biomédica, e também para os humanos que são levados a comer algo que favorece o crescimento em tempo recorde, quando não precisamos ficar grandes antes do tempo e sim inteligentes o suficiente para nos conduzirmos em todas as questões com algum discernimento típico da espécie humana, não de ratazanas. 

Sônia T. Felipe | felipe@cfh.ufsc.br

Sônia T. Felipe, doutora em Teoria Política e Filosofia Moral pela Universidade de Konstanz, Alemanha (1991), fundadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Violência (UFSC, 1993); voluntária do Centro de Direitos Humanos da Grande Florianópolis (1998-2001); pós-doutorado em Bioética - Ética Animal - Univ. de Lisboa (2001-2002). Autora dos livros, Por uma questão de princípios: alcance e limites da ética de Peter Singer em defesa dos animais(Boiteux, 2003); Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas (Edufsc, 2006);Galactolatria: mau deleite (Ecoânima, 2012); Passaporte para o Mundo dos Leites Veganos (Ecoânima, 2012); Colaboradora nas coletâneas, Direito à reprodução e à sexualidade: uma questão de ética e justiça (Lumen & Juris, 2010); Visão abolicionista: Ética e Direitos Animais (ANDA, 2010); A dignidade da vida e os direitos fundamentais para além dos humanos (Fórum, 2008); Instrumento animal (Canal 6, 2008); O utilitarismo em foco (Edufsc, 2008); Éticas e políticas ambientais (Lisboa, 2004); Tendências da ética contemporânea (Vozes, 2000).

Cofundadora da Sociedade Vegana (no Brasil); colunista da ANDA (Questão de Ética) www.anda.jor.br; publica no Olhar Animal (www.pensataanimal.net); Editou os volumes temáticos da RevistaETHIC@,www.cfh.ufsc.br/ethic@ (Special Issues) dedicados à ética animal, à ética ambiental, às éticas biocêntricas e à comunidade moral. Coordena o projeto: Ecoanimalismo feminista, contribuições para a superação da discriminação e violência (UFSC, 2008-2014). Foi professora, pesquisadora e orientadora do Programa Interdisciplinar de Doutorado em Ciências Humanas e do Curso de Pós-graduação em Filosofia (UFSC, 1979-2008). É terapeuta Ayurvédica, direcionando seus estudos para a dieta vegana.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A carne é fraca completa 10 anos

Vegetariana de 72 anos aparenta ter 30

Por Fórum Notícias Naturais

Annette Larkins mostra sua horta no seu quintal do Condado de Miami-Dade. É cheio de frutas e vegetais. Em cada canto do seu jardim há algo comestível. Ela tambem coleta água da chuva para beber e regar suas plantas.

Annete diz que a comida da sua horta é a sua fonte da juventude

"Eu sou muito vibrante, tenho muita energia, como eu te disse antes, eu me levanto no máximo até as 5:30 da manhã como regra, e estou pronta para ir," ela disse.

Com voto histórico, TRF4 impede a liberação de milho transgênico da Bayer

Por Terra de Direitos

Decisão cria novos paradigmas jurídicos na matéria e também poderá servir para que se reavaliem todas as demais liberações comerciais de transgênicos no Brasil, já que em nenhum caso as empresas fizeram avaliações de riscos em todos os biomas do território nacional. 
  
Nesta quinta-feira (13), desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4 decidiram, por unanimidade, anular a decisão da Comissão Nacional Técnica de Segurança – CTNBio que liberou do milho transgênico Liberty Link, da multinacional Bayer. A decisão se deu sob o fundamento de ausência de estudos de avaliação de riscos advindos do transgênico. A sessão julgou a Ação Civil Pública proposta em 2007 pela Terra de Direitos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC e a Associação Nacional de Pequenos Agricultores e a AS-PTA, que questiona a legalidade da liberação comercial do Liberty Link.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Testes em animais: a quem serve?


Primeiramente devemos saber a diferença entre Vivissecção e Testes em Animais.

Vivissecção: Dissecação de animais vivos para estudos.

Testes em Animais: Todo e qualquer experimento com animais cuja  finalidade é a obtenção de um resultado seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou não envolver o ato da vivissecção.

Não é possível aceitarmos um comitê de ética para experimentação animal, pois consideramos que não existe ética nesse tipo de experimentação. Quando nos referimos aos animais, independentemente da espécie, raça, cor ou sexo, partimos do pressuposto que são vidas, sentem dor, medo e tudo mais que podemos sentir.

Diferentemente do que muitos pensam, os animais não estão aqui para nos servir. É nosso dever respeitá-los e protegê-los como seres vivos.

Nem mesmo a utilização de animais na área médico-científica é justificável, uma vez que já se sabe que a utilização de animais em pesquisas é um retrocesso, um atraso na evolução científica, além de ser um grande desperdício de dinheiro público.

Você tem escolha