Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Café contra a Dengue


Anote uma receita caseira de combate ao mosquito da dengue, baratíssima, simples e com eficiência comprovada cientificamente: borra de café.



A população de todo o Brasil pode ajudar nos trabalhos realizados pelas secretarias de saúde de combate ao mosquito transmissor da dengue. A receita é prática e simples e não envolve uso de venenos ou inseticidas perigosos à saúde humana ou dos animais.

A proliferação do mosquito da espécie Aedes aegypti, que transmite a doença, pode ser combatida colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, nos pratos dos xaxins, entre as folhas das plantas que acumulam água, como as bromélias e nos locais da casa em que a água se acumula e fica parada, como ralos.
O único trabalho que você terá é colocar aquele pó úmido que resta depois do café ser coado.

A descoberta que revelou que a borra de café combate com eficiência o Aedes aegypti é da cientista e bióloga Alessandra Laranja.

Ela é pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de São José do Rio Preto.
Os testes realizados em laboratório comprovaram que a borra de café - que fica depositada no coador, é uma arma muito eficiente contra o mosquito transmissor da dengue.

A borra depositada nos pratinhos e reservas de água de plantas impede que o mosquito transmissor da dengue ponha seus ovos.

Se o Aedes aegypti já tiver desovado, mesmo assim, a borra de café consegue impedir que os ovos se desenvolvam em larvas. Em seu estudo, a bióloga mostrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas chamadas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução do Aedes aegypti. Anote agora a receita caseira para combater o mosquito da dengue com borra de café:

Para fazer a solução que pode ser aplicada em pratos, plantas ou até mesmo jardins e hortas que acumulem água você vai precisar de 2 colheres das de sopa de borra de café misturadas em meio copo de água. Depois de pronto você já pode começar a aplicar o conteúdo.
Se precisar de mais, faça sempre na proporção indicada, ou seja, 2 colheres de borra de café para cada meio copo de água.

Outra receita com a borra de café é usá-la diretamente nos vasos, sem a diluição em água. Desta maneira você estará também adubando de forma ecológica as plantas. A diluição da borra de café vai acontecer naturalmente, na medida em que a planta for regada.

Não se esqueça que a borra de café pode ser aplicada também em outros locais da casa que acumulem água como, por exemplo, nos ralos e até mesmo na terra do jardim ou poças que se formam com a água da chuva.

E lembre-se, ajude o Brasil na luta contra a dengue. Faça propaganda boca-a-boca, informe seus amigos e familiares, dissemine esta receita que é barata, simples e acessível. Além de saborear o bom e velho "cafezinho" brasileiro, você poderá contribuir com a melhoria do seu meio ambiente e da saúde pública.


(Fonte: Jornal do Commercio - www.jornaldocommercio.com.br  e
Boletim Raízes da Terra www.cesamep.cjb.net )

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Muru-muru: Luiz Morais no Planeta Sustentável

Foto: Liana John (coquinhos de murumuru/Médio Juruá, AM)


Junto aos xampus e condicionadores, nas prateleiras de supermercados, hoje é fácil encontrar pequenos frascos contendo um óleo transparente: o reparador das pontas dos cabelos. Feito à base de silicone, um derivado de petróleo, esse oleozinho forma uma camada protetora nos fios, cuja função é minimizar os danos causados por poluição, poeira, excesso de sol e outras agressões cotidianas. O “escudo” milimétrico realmente protege os cabelos, talvez até demais, pois não deixa nem o ar passar.

Como o reparador de pontas, existem também diversos produtos cosméticos à base de silicone para a pele. Igualmente eficientes e superprotetores.

Todos esses produtos têm um substituto vegetal, oriundo lá da Amazônia profunda, como se costuma chamar a porção mais interior da grande floresta. Nas várzeas e matas periodicamente alagadas (igapós) – notadamente da Ilha de Marajó e do vale do Juruá, entre o Acre e o Amazonas – cresce uma palmeira cheia de espinhos conhecida como murumuru (Astrocaryum murumuru). Dela se extrai uma manteiga com as mesmas propriedades protetoras do silicone. “A diferença é que o murumuru permite a respiração”, afirma o químico Luiz Morais, proprietário da empresa Amazon Oil, sediada em Ananindeua, no Pará.

Quando pequeno, em Marajó, Morais sempre via a avó preparar o sabão de murumuru com casca de cacau: primeiro ela moía tudo no pilão, depois fervia com água e separava o óleo na superfície da panela. “Na época da minha avó, só rico é que tinha xampu. O resto lavava os cabelos com sabão feito em casa, mas antes passava o óleo de murumuru para ficarem sedosos e brilhantes”, lembra. Mal sabia ele, então, que acabaria estudando as propriedades químicas dos produtos da floresta e passaria a beneficiar seus óleos para comercializá-los em todo o país e no Exterior.

Em especial, segundo ele, o murumuru contém alto teor de dois ácidos graxos saturados de cadeia curta – o láurico (44%) e o mirístico (30%) – ambos importantes para a proteção da pele e dos cabelos. A gordura desse coquinho também é branca, inodora e não fica rança com facilidade, de encomenda, portanto, para uso industrial. Sem contar o detalhe do ponto de fusão (32,5 graus centígrados), superior ao do dendê (25 graus centígrados) e do coco (22,5 graus centígrados), uma vantagem na produção de sabonetes e cremes.

Os produtos à base de murumuru são nutritivos, emolientes, hidratantes eantioxidantes. “E os xampus têm a propriedade de clarear os cabelos naturalmente”, acrescenta o empresário. Além de fornecer a manteiga a indústrias cosméticas, ele também a vende como alimento funcional (antioxidante sólido), para a fabricação de substitutos de margarina, e como matéria primafarmacêutica, para servir como veículo de supositórios.

E não é só isso: diversos pesquisadores testam o óleo de murumuru comobiocombustível ou na alimentação de pequenas usinas térmicas. Este foi o caso de um experimento realizado em 2008 pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com a Eletronorte, para gerar eletricidade em comunidades isoladas do vale do Juruá. O processo usado foi o de gaseificação do óleo vegetal, desenvolvido pelo engenheiro mecânico da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Gurgel Veras. A mini usina também pode ser alimentada com resíduos de madeira, sementes de açaí, cascas de babaçu e outros subprodutos do extrativismo disponíveis.

E pensar que para muitos ribeirinhos a palmeira do murumuru costumava ser um estorvo, por causa dos espinhos… Quem sabe um dia a planta venha a ser domesticada e os melhoramentos incluam a produção de variedades sem espinho. Mercado para isso existe, já que não nos faltam poluentes e agentes externos para estragar pele e cabelos!

Movimento Ocupa Monsanto chama população mundial a participar de atos contra a transnacional

http://occupy-monsanto.com

A intenção é fazer com que a transnacional dos transgênicos recolha seus produtos das prateleiras e os leve de volta para os laboratórios


Por Natasha Pitts - Adital


No próximo dia 17, o movimento “Ocupa Monsanto” realizará em várias partes do mundo um grande protesto contra a maior produtora de transgênicos, a empresa estadunidense Monsanto, e o uso de produtos e organismos geneticamente modificados (OGM). A intenção é fazer com que a transnacional dos transgênicos recolha seus produtos das prateleiras e os leve de volta para os laboratórios, de modo que eles não cheguem até as pessoas para contaminá-las e prejudicá-las.
A principal manifestação acontecerá na cidade de Saint Louis, condado do estado de Missouri (EUA). A concentração será nas "portas do mal”, como é chamada a sede da Monsanto, seus locais de pesquisa e os escritórios da empresa. Também estão previstas ações em mais de 60 cidades da Argentina, Alemanha, Canadá, Filipinas, entre outros países.
"A população está preocupada pela evidência de que os alimentos transgênicos afetam a saúde humana, mas os políticos e as empresas ignoram o protesto político contra os produtos com modificações genéticas para proteger seus grandes benefícios”, assinalou Rica Madrid, de Ocupa Monsanto, ao site do movimento.
As manifestações orquestradas que acontecerão em vários países dia 17 já tiveram uma prévia há seis meses. Em março aconteceu o “Dia de Ação Global” com a realização de atividades em países da África, na maioria dos países da Europa, em toda América Latina, na Austrália e em várias partes da Ásia.
Organizações e ativistas realizaram seus próprios eventos nos lugares escolhidos por eles durante um ou dois dias com o intuito de chamar atenção e fazer com que a transnacional dos transgênicos ouça a voz da população mundial.
Na grande manifestação do dia 17, a intenção é conseguir fazer ainda mais barulho e levar o maior número possível de pessoas para se engajar nas ações. Por isso, além de ser convidada a participar cada pessoa é chamada também a difundir a ação que vai acontecer em sua cidade/país. Nas redes sociais, sites e blogs, o movimento pede que cada pessoa divulgue uma imagem como as palavras ‘Ocupa Monsanto’.

Monsanto
A transnacional Monsanto é responsável pela produção de 90% dos transgênicos plantados no planeta e é também líder no mercado de sementes. Esta posição faz com que a empresa esteja no centro dos debates sobre as implicações da utilização de grãos geneticamente modificados. Monsanto também é severamente criticada porque não leva em consideração os custos sociais e ambientais associados a sua atuação.
A empresa ainda é acusada de biopirataria, de contrabando de sementes, de manipulação de dados científicos e também de ser responsável pelo suicídio de agricultores indianos, que se endividaram por conta dos altos custos de sementes transgênicas e de insumos químicos necessários às plantações de transgênicos.
Por estes motivos surgiu na Índia e está crescendo em regiões do continente latino-americano campanhas e movimento contra a Monsanto. No Brasil, o movimento campesino promove iniciativas de soberania alimentar alternativa e conscientização sobre a não aceitação dos transgênicos. No Haiti, campesinos/as recusaram a "doação” de sementes enviadas pela empresa após o terremoto de janeiro 2010. E assim vários outros países estão tentando combater a entrada desde produtos em suas terras.