Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de março de 2016

Um açougue vegano!


Incomodada com grande sucesso de açougue vegano, pecuarista chama o local de antiético...
Vive do sofrimento e chamou veganos de antiéticos.
Fomos alertados por alguns leitores – e eles têm razão – sobre a etimologia da palavra “butcher”, do inglês, ser diferente.
De fato, “açougue” vem do árabe, mas “butcher” acredita-se que venha do francês e a palavra está mesmo ligada àqueles que lidam com carne. De qualquer maneira, a pecuarista citada abaixo considerar que o uso dessa palavra transforma a empresa vegana em antiética é quase uma piada.
Desde que abriu suas portas, no dia 23 de janeiro, o Herbivorous Butcher (Açougueiro Herbívoro) vem fazendo um sucesso estrondoso e virando notícia em todos os grandes jornais dentro e fora dos Estados Unidos.


A Revista Times, o Jornal The New York Times e até o britânico The Guardian já falaram do novo estabelecimento.
Uma matéria no Vista-se, publicada no dia 27 de janeiro, alcançou mais de 135 mil visualizações.
De fato, um açougue sem sangue, sem sofrimento e sem nada de origem animal chama a atenção.
Todo esse sucesso tem incomodado a indústria pecuária, levando a editora do portal National Hog Farmer, especializado em notícias do mercado de suínos, a fazer uma declaração controversa.
Cheryl Day, que além de editora do portal é também pecuarista há muitos anos, considera que o novo açougue vegano é “antiético e errado em todos os níveis”, nas palavras dela.
Ela questiona a etimologia da palavra e acusa o açougue vegano de usar termos da indústria pecuária para vender seus produtos.
A palavra “açougue”, no entanto, vem do árabe as-suq, que significa “mercado”, “feira”. Embora seja realmente conhecido apenas como um local que vende carnes, chamar o Herbivorous Butcher de açougue não está etimologicamente errado.
Mas o que mais chama a atenção nesse caso é uma pecuarista, que vive do sofrimento, de matar animais e vender os pedaços, chamar um estabelecimento vegano de antiético.
Que moral tem uma pessoa de prospera, a custa do sangue dos animais, falar em ética?
Dá para imaginar que num futuro, bem próximo, haverá esta possibilidade?
Sim, estarão expostos em um só açougue, separados por balcões:
De um lado haverá uma placa:
“Neste setor oferecemos produtos oriundos de fazendas de produção (fábricas de animais) onde os escravos não têm o direito de nascer, são produzidos em laboratórios, não conhecem a mãe, não tem afetividade com os membros da família, serão mutilados; suas orelhas serão cortadas assim como a calda, serão castrados e arrancarão seus dentes, todos estes procedimentos ocorrerão sem anestesia...
Serão forçados a ingerir alimentação em grande quantidade dia e noite...
Enclausurados passam a vida inteira na solidão e no sofrimento...
Na angustia...
No tédio...
Não dormem sossegados...
Não podem se coçar...
No caso de frangos, nem batem suas asas...
Não pisam no chão...
Jamais tem contato com o sol...
Não selecionam sua comida...
Viveram entupidos de antibióticos (para evitar doenças no confinamento) e hormônio de crescimento (lucro astronômicos para os produtores)...
Além das toxinas já existentes (na carne e no leite), estas substâncias serão consumidas simultaneamente...
Geram e gerarão um colapso no sistema de saúde do Brasil e do mundo...
Ao sair das jaulas começa uma nova maratona de crueldades, o transporte até o frigorífico, quando os animais passam fome e sede, pois não podem receber alimentos.
Muitos morrem no caminho...
Como se não bastasse tudo isso, o calor, o frio a chuva, os impactos com as grades, como o chão da carroceria, todos terão o mesmo destino, o garfo de crianças, adolescentes, adultos e idosos, ou seja, aqueles que pagam para matar...
Aí vem o golpe de misericórdia, uma paulada na cabeça, um choque elétrico, câmara de gás e muitas técnicas para abate, claro, para destruir o humano é especialista e criativo...
Eis algumas doenças que o monastério da saúde adverte e alerta sobre o consumo destes produtos:
Diabetes, pressão alta, triglicerídeos, colesterol, alergias (uma infinidade), esquizofrenia, mal de Parkinson, mais de trinta enfermidades, muitas delas exclusivas das pessoas que comem produtos de origem animal...
Do outro lado terá uma placa assim:
“Aqui você encontra os ingredientes mais deliciosos do planeta, todos, indistintamente, de origem vegetal, até embutidos defumados, tais como linguiça, salsicha, tender, glutadela, etc... os quais oferecerão todos as substancias necessária para uma excelente saúde, mais de mil variações de receitas, com três vantagens:
Primeira:
Não destruirá o templo do Espirito Santo (seu corpo) nem colapso no sistema de saúde...
Segundo:
Não serão sacrificadas vidas de inocentes para que este alimento estivesse aqui...
Terceiro:
O Planeta Terra estará preservado para as gerações futuras...
Temos a consciência de que mudanças (na libertação dos escravos humanos também foi assim) só ocorrerão em nossas vidas após transpormos estes obstáculos:
- A oposição violenta
- A ridicularização
- Por fim, a aceitação...
"Você acabou de jantar, e por mais que o matadouro esteja escrupulosamente longe dos olhos, a quilômetros de distância, ainda haverá cumplicidade" Ralph Waldo Emerson, The Conduct of Live, 1860

Pela abolição da escravatura animal, já!
Aristeu Aparecido Rodrigues
Pedagogo Empresarial