Quando o cavalo deixou que o homem se aproximasse perdeu,
para sempre, uma parte essencial de sua natureza, a liberdade...
Passou a ser considerado um objeto de uso e de desprezo,
quando não mais correspondem as expectativas...
Pode-se fazer o que bem entender com ele, pois não é um
sujeito de direito...
Olhar passivamente para este cenário é pecar por omissão...
Ao acessar o Google, digitando “diga não às puxadas”,
aparece uma imensidão de imagens assustadoras, não dá para imaginar a que ponto
chega crueldade humana...
Animais não são escravos!
Os Veganos lutarão, incansavelmente, para banir da sociedade
o direito de propriedade sobre qualquer animal... Sem esta de proporcionar um
bem-estar e já está bom! Abolição já! Utilizar um animal como escravo nos dias
atuais é de um primitivismo escandaloso...
Uma primeira atitude, para não apoiar estas crueldades
cometidas com os irmãos de caminhada, é não contratar o carroceiro, temos
inúmeras alternativas para transportar ou remover objetos inservíveis e
materiais de construção...
Presenciar animais (arreados e com as carroças) amarrados em
postes, num sol de rachar mamonas, como diziam nossos antepassados, enquanto
seus “DONOS” se divertem num bar com seus amigos, é justo?
Em 1999, houve um tratado em Amsterdã, capital da Holanda,
cujos participantes (neurocientistas) assinaram, unanimemente, uma declaração
afirmando a senciência dos animais, ou seja, eles são capazes de experimentar
todos os sentimentos e emoções, as quais os humanos também experimentam:
Solidão;
Angustia;
Tristezas;
Fadiga;
Dor;
Não querem sofrer;
Não querem ser privados de liberdade;
Não querem ser mutilados;
Não querem ser assassinados precocemente;
Muitos deles após “ANOS DE TRABALHO” são vendidos para
frigoríficos, será que as pessoas comem? Não se sabe... Pois não se vê nos
açougues uma placa, promoção de carnes de cavalos, pelo menos aqui no Brasil...
Uma reflexão interessante:
Diário de cavalo triste...
"O dia já está amanhecendo, já posso ver seus sinais. A
noite foi tão curta mais uma vez... Meu corpo ainda está tão cansado... Essas
feridas parecem que nunca irão cicatrizar...
Estou novamente faminto. A comida que recebi de meu dono
ontem não era suficiente para saciar minha fome, como ocorre todos os dias. Não
me importo que a água esteja suja, a sede é tanta que nem vejo! Só gostaria de
ter um pouco mais de comida.... Ah! como seria bom!
Infelizmente isso não é possível; amarrado aqui não tenho
sequer a chance de procurar algum alimento.
Ontem choveu bastante. Dormi molhado novamente. Meu abrigo é
precário, mas isso também não posso evitar. Às vezes penso que não vou
suportar, mas sei que preciso resistir. Trabalhar é minha única chance de
receber esse pouco de água e comida. O que será de mim aqui, preso, sem ao
menos isso?
Já Já meu dono vem me buscar para começarmos a nossa
jornada, já ouço o barulho dentro daquela casa. O cheiro de alimento também
entra pelas minhas narinas. Ah! Como deve ser bom poder comer à vontade! Será
que um dia conseguirei?
As crianças gritam lá dentro. Elas precisam estudar.
Gostaria tanto que viessem me ver antes de sair, mas são ocupadas: não têm tempo
pra mim.
Ali ao lado está minha carroça, velha companheira de anos de
trabalho. Na parede está pendurado meu grande inimigo... o chicote... já
apanhei tanto com ele! Algumas dessas feridas foram feitas por ele. Se ao menos
eu soubesse o motivo! Não tive culpa de cair, faço o possível para me
manter em pé, mesmo quando o peso é insuportável. Sei que não posso falhar, meu
dono precisa de dinheiro e eu tenho que trabalhar para que ele consiga, é o
combinado. Se ao menos minhas costas parassem de doer tanto! Sei que poderia
levar mais peso, mas estou tão fraco e debilitado que mal aguento a carroça
vazia.
Mas me esforço! Ah! como me esforço! O que mais me incomoda
é o sol, quando vejo que ele está chegando já começo a me desesperar.
Mas não há nada que eu possa fazer. Se meu corpo não
aguentar, vou apanhar muito e tenho muito medo disso. É tão horrível!
Ouço algumas pessoas falarem de Deus. Dizem que ele é bom,
que ajuda e protege as pessoas. Gostaria tanto que houvesse um Deus para nós
também! Mas quem vai se lembrar de um velho cavalo abatido e machucado?
Certamente esse Deus não... Se ele é tão bom assim, por que permite tanto
sofrimento pra nós?
Meu dono chegou, já ouço seus gritos. Preciso estar pronto.
Tenho muito medo dele. Melhor aceitar minha condição.
Na rua encontrarei alguns amigos iguais a mim, com a mesma
história. Trocamos alguns olhares e, no nosso silêncio, desejamos sorte uns aos
outros. É só o que podemos fazer.
Sonho com o dia em que poderei comer, beber água limpa e
correr um pouco como as crianças fazem. Parece tão gostoso! Sonho com o dia em
que poderei ser apenas... feliz!
Autor: O cavalo que habita minha alma – por Aldenice
Araujo!!
Trigueirinho disse: “No dia em que tratarmos os animais como
gente, trataremos as pessoas como almas, ai então reinará a paz neste planeta.”
Diga não também ao especismo e ao antropocentrismo:
Não adianta amar o cavalo e comer o porco!
Não adianta amar o cãozinho e comer a vaca!
Não adianta amar o gato e comer a galinha!
Comece hoje a amar os animais, indistintamente!
São inúmeras as cidades no Brasil que já proíbe as puxadas,
alguns municípios investem numa alternativa idealizada pelo engenheiro Jason
Duani Vargas, 33 anos, que criou o cavalo de lata (pesquise na internet),
poupando a vida de seres inocentes e ingênuos, até então explorados pelos seres
tidos como racionais.
“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento,
troque de lugar com ele. Avida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você
se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria se você acredita que todos
os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto
eles são nós e nós somos eles.”
Philip Ochoa
Pela abolição da escravatura animal, já!
Aristeu Aparecido Rodrigues
Pedagogo Empresarial