Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de março de 2013

O plástico faz mal à saúde e ao planeta

A invenção do primeiro plástico sintético se deu em 1907, por Leo Baekelend (1863-1944), um belga naturalizado estadunidense. O material conhecido por “não se quebrar facilmente” – inicialmente feito com petróleo, carvão e gás natural – começou a ser criado por empresas petroquímicas e ter outras dominações e finalidades como o poliéster, PVC, náilon, poliuretano, teflon e silicone.

O objeto químico pode demorar até 450 anos para ser absorvido pela terra. Nenhum de nós poderá ser testemunha de tal evento considerado “revolucionário” à época.


Absorventes e fraldas descartáveis

Além do plástico, absorventes e fraldas descartáveis contêm a dioxina (carbono, hidrogênio e cloro). Em mulheres é associada ao câncer cervical, câncer de mama, endometriose e supressão do sistema imunológico; em bebês associada às assaduras, entre outras alergias causadas em função de substâncias químicas e nocivas.

Costumamos dizer que seria burrice desperdiçar nosso tempo utilizando bioabsorventes ou fraldas laváveis. Mas se podemos ter lava-roupas, por que não cuidamos de nossa saúde?

“Nossas ancestrais recebiam o sangue menstrual como um presente e, em algumas tribos, ficavam reclusas em uma tenda, sangrando e devolvendo o sangue a terra, como forma de agradecimento à sua fertilidade”, disse Flávia Sousa de Brito (http://www.luartemisia.com.br) ao observar em sua composteira do sítio, que os absorventes e fraldas descartáveis enterrados na terra úmida e com minhocas, ressurgiam brancos e sem nenhum grau de decomposição.


Bioabsorventes da Arte-Mísia: www.lojagerminar.com.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O veneno está na mesa


Documentário de Silvio Tendler

Documentarista brasileiro. Conhecido como “o cineasta dos vencidos” ou “o cineasta dos sonhos interrompidos” por abordar em seus filmes personalidades como Jango, JK, Carlos Marighella, entre outros, Silvio já produziu cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1981 fundou a Caliban Produções Cinematograficas Ltda., produtora direcionada para biografias históricas de cunho social.
Seus filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores a reflexão: sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento.

Sinopse
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.
O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio. (http://tal.tv/video/o-veneno-esta-na-mesa#)



domingo, 13 de janeiro de 2013

Cupuaçu


Por Luiz Roberto Barbosa Morais


O cupuaçu, nativo da região Amazônica, é uma pequena árvore que mede de quatro a oito metros quando cultivado ou até com 18 m de altura nos indivíduos silvestres, na mata alta. Pertence à mesma família e gênero do cacau.

A fruta é muito grande, em forma de cilindro com extremidades arredondadas, podendo atingir até 30cm de comprimento, pesando, em média, 1,2 kg. Na maturação os frutos caem sem o pedúnculo, quando começam a liberar o cheiro característico, o que indica a perfeita maturação dos mesmos.
O fruto contém uma polpa suculenta e cremosa, com sabor característico, aderido de 20 a 30 sementes ovaladas e grandes.

A manteiga do cupuaçu é semelhante a “manteiga” do cacau, porém com qualidade superior porque é extraída de sementes que contêm, aproximadamente, 45% de óleo.

A produção em plantios comerciais é iniciada a partir do terceiro ano e alcança, em média, 12 frutos por árvore. Recomenda-se o plantio de 180 plantas por hectare, que pode chegar a uma produtividade média de 2148 frutos, que corresponde a 990 kg de polpa e 443 kg de sementes (em média o fruto tem 38,4 % de polpa, 17,2 % de sementes e 44,4 % de casca). Em geral, com uma tonelada de sementes frescas, se produz 135 kg de manteiga de cupuaçu.

Popularmente, do cupuaçu utiliza-se apenas a sua polpa para consumo: sucos, sorvetes, cremes e doces. A remoção da polpa é uma operação trabalhosa e efetuada através de tesoura. Em algumas regiões as sementes são fermentadas, secas ao sol, torradas, trituradas no pilão e utilizadas como chocolate comum, também chamado de cupulate.

O(a) óleo/manteiga extraído das sementes do cupuaçu oferece propriedades fantásticas para a indústria cosmética.

A manteiga de cupuaçu é um triglicerídeo que apresenta uma composição equilibrada de ácidos graxos saturados e insaturados, o que confere ao produto um baixo ponto de fusão aproximadamente 30°C) e aspecto de um sólido macio que funde rapidamente ao entrar em contato com a pele.
A manteiga de cupuaçu possui alto poder de absorção de água, aproximadamente 240% superior ao da lanolina, atuando como um substituto vegetal da mesma. Ela contém fitoesteróis (especialmente beta-sitosterol) que atuam na célula, regulando o equilíbrio hídrico e a atividade dos lipídeos da camada superficial da pele. O alto poder de absorção da água desta manteiga pode ser atribuído às
pontes de hidrogênio formadas entre as moléculas de água e os fitoesteróis. Os fitoesteróis estão sendo utilizados nos tratamentos de dermatites e afecções por estimular o processo de cicatrização.


Luiz Morais formou-se em química e engenharia química pela UFPA (Universidade Federal do Pará), onde também se especializou em química de óleos e gorduras. Diretor da www.amazonoil.com.br

Manteiga de cupuaçu: www.lojagerminar.com.br

Copaíba


Por Luiz Roberto Barbosa Morais

Existem várias espécies de copaíba, embora apresentem algumas diferenças botânicas, em todas elas são atribuídas a mesma utilização medicinal-cosmética. A copaíba é adaptada a uma grande variedade de ambientes e ocorre em florestas tanto na terra firme como nas áreas alagadas, pode alcançar de 25 a 40 metros de altura e viver até 400 anos.

O processo de extração do óleo-resina de copaíba ainda é artesanal. Com um furador, perfura-se a árvore a 60 ou 70 centímetros do chão, até o centro do caule. Em seguida, coloca-se um cano embaixo do orifício para que o óleo escoe até um recipiente colocado no solo. Deixa-se o óleo escorrer por alguns dias e, ao final da colheita, o orifício é vedado com argila para impedir a infestação da árvore por fungos ou cupins. A árvore deverá descansar no mínimo três anos antes da próxima extração. Este processo é denominado extração racional. O rendimento médio de cada árvore adulta é de quatro a cinco litros por extração.

A germinação das sementes é rápida, porém, é uma árvore com taxas de crescimento lento, alcançando apenas 50 cm por ano. A extração do óleo-resina não deve ser realizada antes que a árvore alcance um diâmetro de 40 cm.

As utilizações da medicina tradicional para o óleo-resina de copaíba são muitas e indicam grandes variedades de propriedades farmacológicas. É muito apreciado como cicatrizante e anti-inflamatório para tratar infecções nas vias respiratórias e urinárias. É conhecido como um antibiótico natural que age eficazmente contra bactérias gram positivas. No processo industrial-cosmético é utilizado como um componente de fragrância em perfumes e em preparações como sabões e cremes por suas propriedades antibactericidas, anti-inflamatórias e emolientes.

Um dos principais problemas da comercialização do óleo-resina de copaíba é a sua adulteração, geralmente com óleo vegetal. Uma das formas convencionais de atestá-la é determinando seu índice de acidez – inferior a 80 mgKOH/g de óleo-resina é indício de contaminação. Quanto menor for o índice de acidez do óleo-resina de copaíba maior a quantidade de óleo vegetal nele misturado.

Luiz Morais formou-se em química e engenharia química pela UFPA (Universidade Federal do Pará), onde também se especializou em química de óleos e gorduras. Diretor da www.amazonoil.com.br

Óleo de copaíba: www.lojagerminar.com.br

Castanha-do-pará


Por Luiz Roberto Barbosa Morais

A castanha-do-pará ou castanha do Brasil é uma árvore muito grande, majestosa e frondosa, alcançando frequentemente uma altura de 50 metros e mais de dois metros de base. O fruto da castanheira é chamado de ouriço e no seu interior abriga, em media, 18 amêndoas. Para a retirada das amêndoas é preciso quebrar o ouriço, que tem uma casca muita dura e não abre espontaneamente.

Uma árvore adulta produz em media 125 litros de castanha (em média 45 sementes/litro). A semente descascada possui cerca de 70% de óleo, na prensagem mecânica (sem a utilização de solventes) retira-se 40% desse óleo, ou seja, cada castanheira pode produzir até 50 litros de óleo.

Popularmente a amêndoa da castanha é muito utilizada como ingrediente na culinária e na fabricação de doces. Seu valor protéico, bastante expressivo, é de 18%, comparado como “carne vegetal”, sendo que o consumo de duas amêndoas equivale o valor protéico de um ovo.

O leite da castanha, semelhante ao leite de coco, é usado no preparo de pratos típicos regionais. O óleo da castanha é aplicado nos cabelos para, em contato com o sol, clareá-los. É utilizado por adolescentes e gestantes na prevenção de estrias. O preparo de um chá (deixando água por algumas horas dentro do ouriço) é considerado um ótimo remédio para hepatite, anemia e problemas intestinais.

O óleo de castanha é altamente nutritvo, contendo 75% ácidos graxos insaturados compostos, principalmente, por palmítico, olêico e linolêioco, além do fitoesteróis sistosterol e as vitaminas lipossolúveis A e E. Extraído da primeira prensagem pode se obter um azeite extra-virgem, podendo substituir o azeite de oliva por seu sabor suave e agradável e utilizado em saladas e refogados.

A castanha é uma rica fonte em magnésio, tiamina e possui as mais altas concentrações conhecidas de selenium (126 ppm), com propriedades antioxidantes. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata e problemas de tireoides.
As proteínas encontradas são muito ricas em aminoácidos sulfurados como cisteina (8%) e metionina (18%) e a presença desses aminoácidos (methionine) melhora a adsorbção de selênio e outros minerais.

A indústria cosmética emprega o óleo de castanha por suas propriedades antirradicais livres, antioxidantes e hidratantes nas formulações antiaging, que previne o envelhecimento cutâneo e é considerado um dos melhores condicionadores para cabelos danificados e desidratados.


Luiz Morais formou-se em química e engenharia química pela UFPA (Universidade Federal do Pará), onde também se especializou em química de óleos e gorduras. Diretor da www.amazonoil.com.br

Óleo de castanha-do-pará: www.lojagerminar.com.br