Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

domingo, 13 de janeiro de 2013

Copaíba


Por Luiz Roberto Barbosa Morais

Existem várias espécies de copaíba, embora apresentem algumas diferenças botânicas, em todas elas são atribuídas a mesma utilização medicinal-cosmética. A copaíba é adaptada a uma grande variedade de ambientes e ocorre em florestas tanto na terra firme como nas áreas alagadas, pode alcançar de 25 a 40 metros de altura e viver até 400 anos.

O processo de extração do óleo-resina de copaíba ainda é artesanal. Com um furador, perfura-se a árvore a 60 ou 70 centímetros do chão, até o centro do caule. Em seguida, coloca-se um cano embaixo do orifício para que o óleo escoe até um recipiente colocado no solo. Deixa-se o óleo escorrer por alguns dias e, ao final da colheita, o orifício é vedado com argila para impedir a infestação da árvore por fungos ou cupins. A árvore deverá descansar no mínimo três anos antes da próxima extração. Este processo é denominado extração racional. O rendimento médio de cada árvore adulta é de quatro a cinco litros por extração.

A germinação das sementes é rápida, porém, é uma árvore com taxas de crescimento lento, alcançando apenas 50 cm por ano. A extração do óleo-resina não deve ser realizada antes que a árvore alcance um diâmetro de 40 cm.

As utilizações da medicina tradicional para o óleo-resina de copaíba são muitas e indicam grandes variedades de propriedades farmacológicas. É muito apreciado como cicatrizante e anti-inflamatório para tratar infecções nas vias respiratórias e urinárias. É conhecido como um antibiótico natural que age eficazmente contra bactérias gram positivas. No processo industrial-cosmético é utilizado como um componente de fragrância em perfumes e em preparações como sabões e cremes por suas propriedades antibactericidas, anti-inflamatórias e emolientes.

Um dos principais problemas da comercialização do óleo-resina de copaíba é a sua adulteração, geralmente com óleo vegetal. Uma das formas convencionais de atestá-la é determinando seu índice de acidez – inferior a 80 mgKOH/g de óleo-resina é indício de contaminação. Quanto menor for o índice de acidez do óleo-resina de copaíba maior a quantidade de óleo vegetal nele misturado.

Luiz Morais formou-se em química e engenharia química pela UFPA (Universidade Federal do Pará), onde também se especializou em química de óleos e gorduras. Diretor da www.amazonoil.com.br

Óleo de copaíba: www.lojagerminar.com.br