Por Luiz Roberto Barbosa Morais
Existem várias espécies de copaíba, embora apresentem algumas
diferenças botânicas, em todas elas são atribuídas a mesma utilização
medicinal-cosmética. A copaíba é adaptada a uma grande variedade de ambientes e
ocorre em florestas tanto na terra firme como nas áreas alagadas, pode alcançar
de 25 a 40 metros de altura e viver até 400 anos.
O processo de extração do óleo-resina de copaíba ainda é
artesanal. Com um furador, perfura-se a árvore a 60 ou 70 centímetros do chão,
até o centro do caule. Em seguida, coloca-se um cano embaixo do orifício para
que o óleo escoe até um recipiente colocado no solo. Deixa-se o óleo escorrer
por alguns dias e, ao final da colheita, o orifício é vedado com argila para
impedir a infestação da árvore por fungos ou cupins. A árvore deverá descansar no
mínimo três anos antes da próxima extração. Este processo é denominado extração
racional. O rendimento médio de cada árvore adulta é de quatro a cinco litros por
extração.
A germinação das sementes é rápida, porém, é uma árvore com
taxas de crescimento lento, alcançando apenas 50 cm por ano. A extração do
óleo-resina não deve ser realizada antes que a árvore alcance um diâmetro de 40
cm.
As utilizações da medicina tradicional para o óleo-resina de
copaíba são muitas e indicam grandes variedades de propriedades farmacológicas.
É muito apreciado como cicatrizante e anti-inflamatório para tratar infecções nas
vias respiratórias e urinárias. É conhecido como um antibiótico natural que age
eficazmente contra bactérias gram positivas. No processo industrial-cosmético é
utilizado como um componente de fragrância em perfumes e em preparações como
sabões e cremes por suas propriedades antibactericidas, anti-inflamatórias e
emolientes.
Luiz Morais formou-se em química e engenharia
química pela UFPA (Universidade Federal do Pará), onde também se
especializou em química de óleos e gorduras. Diretor da www.amazonoil.com.br
Óleo de copaíba: www.lojagerminar.com.br