Por Luiz Morais*
ECOLOGIA
O bacuri é natural do Pará e dificilmente encontrado na Amazônia Oriental. Esta árvore pode alcançar 25 m de altura e 1,5 m de diâmetro. Cresce em terra firme e fornece uma madeira de cor amarela, compacta, resistente e que não apodrece. Por estas qualidades é utilizada nas construções navais.
O fruto pesa em média 250 g, tem formato oval coberto por uma casca, cuja espessura varia entre 0,7 a 1,6 cm, representando 70% do peso. A parte comestível corresponde ao endocarpo e equivale a 13% do peso do fruto. É de cor branca, com aroma forte e sabor adocicado. Encontra-se, em média, quatro sementes oleosas por fruto, quando seca (umidade 20%), contém 72% de uma gordura resinosa pardo-escura, quase preta. A gordura tem cheiro desagradável e sua filtração é difícil. O rendimento em óleo por prensagem é aproximadamente de 40%. Estima-se que a produtividade média de frutos por planta e ao ano seja de 500 frutos.
A espécie apresenta ciclicidade de produção, ou seja, anos da elevada produção de frutos são sucedidos por um, dois ou até três anos de baixa produção. Propaga-se através de sementes ou enxertia (através do caule Plantas propagadas por sementes só entram em fase de produção em 12 a 15 anos após o plantio, enquanto a enxertia possibilita que as plantas entrem em fase reprodutiva em cinco a seis anos após o plantio.
UTILIZAÇÃO POPULAR
O fruto do bacuri é muito procurado nas feiras de Belém para a confecção de doces, tortas, compotas e sucos. Suas sementes não têm utilidade e são descartadas. Os caboclos da região central da ilha do Marajó retiram o óleo com grande dificuldade, pois o fruto é colocado de molho em água por mais de um ano, depois ele é fervido e o óleo é retirado da superfície desta água fervente.
As aplicações deste óleo para fins fitoterápicos são popularmente difundidas no Marajó, como sendo um remédio contra picadas de aranha e cobra; na solução de problemas de pele; contra dor de ouvido; e é considerado um remédio miraculoso contra reumatismo e artrite.
A manteiga de bacuri dá um tom dourado à pele. Poucos minutos após a aplicação ela é absorvida e a pele fica com um toque aveludado, além de tirar manchas e diminuir cicatrizes.
REFERÊNCIAS
MORAIS, L. R. :Banco de Dados Sobre Espécies Oleaginosas da Amazônia, não-publicado.
SHANLEY, P. et. al. : Frutíferas e plantas úteis na vida amazônica, 2005, CIFOR, IMAZON, Editora Supercores, Belém, p. 300.
CARVALHO, J. E. U. et. al.: Métodos de propagação do bacurizeiro,(Platonia insignis Mart.), 2002, Embrapa Amazônia Ocidental, Circular Técnica 30, p. 12.
* Luiz Morais é engenheiro químico e proprietário da Amazon Oil (www.amazonoil.com.br)
Manteiga de bacuri: www.lojagerminar.com.br
ECOLOGIA
O bacuri é natural do Pará e dificilmente encontrado na Amazônia Oriental. Esta árvore pode alcançar 25 m de altura e 1,5 m de diâmetro. Cresce em terra firme e fornece uma madeira de cor amarela, compacta, resistente e que não apodrece. Por estas qualidades é utilizada nas construções navais.
O fruto pesa em média 250 g, tem formato oval coberto por uma casca, cuja espessura varia entre 0,7 a 1,6 cm, representando 70% do peso. A parte comestível corresponde ao endocarpo e equivale a 13% do peso do fruto. É de cor branca, com aroma forte e sabor adocicado. Encontra-se, em média, quatro sementes oleosas por fruto, quando seca (umidade 20%), contém 72% de uma gordura resinosa pardo-escura, quase preta. A gordura tem cheiro desagradável e sua filtração é difícil. O rendimento em óleo por prensagem é aproximadamente de 40%. Estima-se que a produtividade média de frutos por planta e ao ano seja de 500 frutos.
A espécie apresenta ciclicidade de produção, ou seja, anos da elevada produção de frutos são sucedidos por um, dois ou até três anos de baixa produção. Propaga-se através de sementes ou enxertia (através do caule Plantas propagadas por sementes só entram em fase de produção em 12 a 15 anos após o plantio, enquanto a enxertia possibilita que as plantas entrem em fase reprodutiva em cinco a seis anos após o plantio.
UTILIZAÇÃO POPULAR
O fruto do bacuri é muito procurado nas feiras de Belém para a confecção de doces, tortas, compotas e sucos. Suas sementes não têm utilidade e são descartadas. Os caboclos da região central da ilha do Marajó retiram o óleo com grande dificuldade, pois o fruto é colocado de molho em água por mais de um ano, depois ele é fervido e o óleo é retirado da superfície desta água fervente.
As aplicações deste óleo para fins fitoterápicos são popularmente difundidas no Marajó, como sendo um remédio contra picadas de aranha e cobra; na solução de problemas de pele; contra dor de ouvido; e é considerado um remédio miraculoso contra reumatismo e artrite.
A manteiga de bacuri dá um tom dourado à pele. Poucos minutos após a aplicação ela é absorvida e a pele fica com um toque aveludado, além de tirar manchas e diminuir cicatrizes.
REFERÊNCIAS
MORAIS, L. R. :Banco de Dados Sobre Espécies Oleaginosas da Amazônia, não-publicado.
SHANLEY, P. et. al. : Frutíferas e plantas úteis na vida amazônica, 2005, CIFOR, IMAZON, Editora Supercores, Belém, p. 300.
CARVALHO, J. E. U. et. al.: Métodos de propagação do bacurizeiro,(Platonia insignis Mart.), 2002, Embrapa Amazônia Ocidental, Circular Técnica 30, p. 12.
* Luiz Morais é engenheiro químico e proprietário da Amazon Oil (www.amazonoil.com.br)
Manteiga de bacuri: www.lojagerminar.com.br