Do sítio Um pé de quê? - Regina Casé
REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA
BAGUAÇUÍ, UAUAÇU, AGUAÇU, BAUAÇU, COCO-DE-MACACO,
COCO-DE-PALMEIRA, COCO-NAIÁ, COCO-PINDOBA, GUAGUAÇO
NOME CIENTÍFICO
Attalea speciosa Mart. ex. Spreng.
Attalea speciosa Mart. ex. Spreng.
FAMÍLIA
Arecaceae
Arecaceae
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:
ÁRVORE solitária, de 10-30 m de altura.
TRONCO de 30-60 cm de diâmetro.
FOLHAS eretas, distribuídas em número de 15-20 por
coroa, com 4-8 m de comprimento, e com média de 175-260 pares de folíolos
regularmente dispostos ao longo de toda sua haste central.
FLORES masculinas e femininas em um mesmo cacho, ou
muito raramente em árvores diferentes, em “babaçu-macho” e “babaçu-fêmea”. As
flores “macho” distribuem-se em duas fileiras por cacho, e apresentam 3 sépalas
de 1-2 mm de comprimento e quase sempre 2 pétalas, mais largas. Ao todo são 4-6
cachos por planta, sustentados por hastes de 70-90 cm de comprimento que surgem
por entre as folhas.
FRUTO de 10-12 cm de comprimento e 5-10 cm de diâmetro,
de casca dura e marrom, dotado de polpa seca, farinhenta e de coloração creme
na maturidade, e de um caroço escuro e rijo, que contém de 1-8 sementes.
SEMENTE trata-se de uma amêndoa oleaginosa e branca, de
4-5,5 cm de comprimento, com média de 1 cm de espessura.
FLORAÇÃO ocorre entre os meses de janeiro e abril. Os
frutos amadurecem em agosto-janeiro.
USO/ÁRVORE ornamental e pode servir ao paisagismo em
geral.
USO/MADEIRA moderadamente pesada, mole, e de baixa
durabilidade em ambientes externos. Utilizada localmente nas construções
rústicas, como esteios e ripas.
USO/OUTRAS UTILIDADES As folhas e espatas são empregadas
como cobertura de ranchos. A amêndoa verde fornece um leite muito nutritivo e
da amêndoa madura extrai-se um óleo alimentício de boa qualidade, com o qual se
fabrica manteiga, sabões e sabonetes, velas etc. Da polpa do fruto faz-se uma
farinha alimentar, e se aproveita a casca para carvão. O caule contém palmito,
que também é consumido. Atualmente o babaçu é pesquisado para biodiesel.
OBTENÇÃO DE SEMENTES Colher os frutos diretamente da
árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a
queda. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura. Caso interesse
armazenar as sementes, secá-las parcialmente com polpa.
PRODUÇÃO DE MUDAS Colocar os frutos ou os caroços para
germinação logo que colhidos em canteiros ou diretamente em recipientes
individuais contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 4-6
meses. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando
atingirem 5-8 cm. O desenvolvimento das mudas é lento, enquanto o das plantas
no campo é moderado.
REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA
LORENZI, Harri.
Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas
Nativas do Brasil. Vol. I. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.
284 | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum,
1996, 198 p | MITJA, D.; SOUSA-SILVA, J.C.; MELO, S. L.; CHAIB FILHO, H.
“Biometria dos frutos e sementes de babaçu”. IN “Simpósio e Congressos -
Edição: 9”. 2008: Embrapa Cerrados, Natividade-TO.
68 - Babaçu from Pindorama Filmes on Vimeo.