Aulas de germinação e culinária viva online
Apresentação da Alimentação Viva na visão Ecológica
Germinação de Sementes e Cultivo caseiro de Brotos
Culinária Viva, livre de congelamento e cozimento
- Orientação personalizada baseada na realidade do participante
- Aulas de germinação e culinária online AO VIVO
- Hora marcada
- 20% teórico e 80% prático
- 4 encontros online ao vivo de 40min
- até 4 semanas de duração
- Suporte online via E-mail, Skype, MSN ou Google talk
Facilitadora: Juliana Malhardes
Investimento: R$200,00
Mais Informações: culinariaviva@gmail.com
Parceria: Culinária Viva e Germinar
Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/
terça-feira, 27 de julho de 2010
KASSAB CUMPRA SUA PALAVRA!
Protetores e simpatizantes da causa animal
Leiam abaixo sobre a triste situação em que se encontram os cães, gatos e cavalos confinados no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ/SP), apesar de todo o empenho e constantes reivindicações dos defensores da causa.
Estamos muito próximos das eleições, agora é a hora de conseguirmos as mudanças necessárias. O Prefeito precisa saber que a população exige um tratamento digno aos animais.
Leiam, assinem e enviem a carta-modelo disponível no final desta mensagem, destinada aos três responsáveis diretos pela atual situação de negligência naquele órgão.
Leiam abaixo sobre a triste situação em que se encontram os cães, gatos e cavalos confinados no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ/SP), apesar de todo o empenho e constantes reivindicações dos defensores da causa.
Estamos muito próximos das eleições, agora é a hora de conseguirmos as mudanças necessárias. O Prefeito precisa saber que a população exige um tratamento digno aos animais.
Leiam, assinem e enviem a carta-modelo disponível no final desta mensagem, destinada aos três responsáveis diretos pela atual situação de negligência naquele órgão.
Mudanças já!
Instituto Nina Rosa - projetos por amor à vida
Organização independente sem fins lucrativoswww.institutoninarosa.org.br
Fone/fax: (11) 3868-4434 / 3868-4273
---
Adote o Instituto Nina Rosa: http://migre.me/YYD0
Organização independente sem fins lucrativoswww.institutoninarosa.org.br
Fone/fax: (11) 3868-4434 / 3868-4273
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KASSAB CUMPRA SUA PALAVRA!
As promessas do Prefeito Kassab foram esquecidas.
As mudanças a favor dos animais são poucas.
As mudanças a favor dos animais são poucas.
A PREFEITURA DE SÃO PAULO CONTINUA NÃO SE IMPORTANDO COM OS ANIMAIS DA CIDADE.
- Animais ainda estão submetidos a situação de maus tratos, em contato com a umidade, sem a proteção necessária e prometida.
- Animais, funcionários e voluntários diariamente correm o risco de se ferir gravemente nos portões enferrujados dos canis e pisos quebrados, sem manutenção.
- Ainda faltam medicamentos para os animais.
- Animais estigmatizados continuam confinados.
- A campanha para castração e identificação prioritária dos cães estigmatizados como agressivos, ficou no papel.
- A construção do Núcleo de Bem Estar Animal nas dependências do CCZ, ficou no papel.
- A aquisição de 50 mil microchips, ficou no papel.
- O Programa de Adoção e Conscientização continuado, ficou no papel.
- A descentralização do núcleo de atendimento com a construção de 4 novos núcleos de atendimento regionais, ficou no papel.
- A verba de R$1.300.000,00 destinada pelos vereadores da cidade e São Paulo FOI PERDIDA.
KASSAB, QUEREMOS QUE VOCÊ FAÇA APENAS O QUE PROMETEU.
CUMPRA A SUA PALAVRA.
CUMPRA A SUA PALAVRA.
Enviem cartas para as autoridades cobrando as mudanças.
Para:
Prefeito Gilberto Kassab - prefeito@prefeitura.sp.gov.br
Secretário de Saúde Januário Montone - januariomontone@prefeitura.sp.
COVISA Inês Romano - iromano@prefeitura.sp.gov.br
Amigos dos bichos - amigosdosbichosdoccz@gmail.com
Excelentíssimos Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, Secretário Municipal de Saúde Januário Montone, Coordenadora da Vigilância em Saúde Inês Suarez Romano.
Senhores, promessas não são mais aceitáveis.
Há mais de um ano Vossas Excelências assumiram compromissos com a população de São Paulo para um tratamento ético dos animais da cidade, porém quase nada mudou!
1. O Centro de Zoonoses de São Paulo continua sem medicamentos para tratamento dos animais;
2. Animais continuam submetidos à umidade, em situação de maus-tratos, sem a proteção mínima necessária e prometida: toldo vertical e pallets plásticos nos canis;
3. Animais, funcionários e voluntários correm risco de se ferir gravemente nos portões enferrujados e pisos quebrados dos canis, todos sem manutenção;
4. Animais estigmatizados como agressivos (cães das raças pit bull, rottweiler, doberman e outros de grande porte) continuam confinados e sem que haja a implementação da campanha para castração e identificação dos mesmos, prometida no passado como "imediata";
5. A Prefeitura não criou programa continuado de adoção dos animais e conscientização da população para a guarda responsável;
6. A construção do Núcleo de Bem Estar Animal nas dependências do CCZ /SP continua apenas no papel;
7. A descentralização do núcleo de atendimento, com a construção de 4 novas unidades regionais, continua apenas no papel;
8. A aquisição de 50.000 microchips, continua apenas no papel;
9. A verba de R$1.300.000,00, destinada pelos vereadores às melhorias das condições dos animais no CCZ/SP em 2009, foi PERDIDA por não ter sido aplicada a tempo, dentro do prazo legal.
10. A ampliação dos convênios prometida desde julho de 2008, também ficou no papel.
Promessas não são mais aceitáveis.
Cumpram sua palavra!
Atitudes já!
Nome Completo:
Quer saber mais? Acesse
http://cczmudaoufecha.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Yoruba Andabo: em Minas Gerais
Shows nos dias 24, 25 e 26 de julho, esta última data em que se comemora o Dia da Rebeldia Cubana
É com satisfação que a Associação Cultural José Marti de Minas Gerais (ACJM-MG), entidade sem fins lucrativos e de apoio e solidariedade a Cuba, desde 1986, apresenta a Companhia Cubana de Dança Folclórica YORUBA ANDABO, ganhadora de vários prêmios internacionais, como o Grammy Latino conquistado em 2001, na categoria de Melhor Álbum Folclórico, e com apresentações internacionais no Canadá e cidades como Paris e Genebra.
No Brasil, a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, sedia o início da temporada de shows prevista para o período compreendido entre 23 de julho a 06 de agosto, ocasião em que também se realiza na capital mineira o 2º Congresso Internacional da Cultura e Religião Yorubá e as comemorações do 26 de julho, dia da Rebeldia Cubana.
Confira a programação:
Participação especial no 2° CONGRESSO INTERNACIONAL DA RELIGIÃO E CULTURA YORUBA
Dia 23 de julho (sexta-feira) - 15h50min - AULA MAGISTRAL - Local: Ginásio CAIC - Nova Lima - MG
Dia 24 de julho (sábado)
15h - OFICINA DE CANTO - Local: Circo de Todo Mundo – Nova Lima - MG
20h – ESPETÁCULO DE ABERTURA DA TURNÊ BRASIL: RUMBA VIVA DE HAVANA
Local: Teatro Franzen de Lima - Av. Rio Branco, 308 – Centro – Nova Lima – MG
Dia 25 de julho (domingo)
16h - SHOW DE ENCERRAMENTO - Local: Centro Cultural 104 - Praça da Estação – BH – MG - Participação especial no evento: “Cuba, 26 de julho - O Dia da rebeldia”
Dia 26 de julho (segunda-feira)
de 17 às 21h - ENSAIO ABERTO do Yoruba Andabo com as presenças da Cia. Primitiva da Dança Negra, Mestre Conga, Maestro Pepe, Roda de Capoeira da Acesa - Local: Centro Cultural 104 - Praça da Estação – BH – MG
QUEM É YORUBA ANDABO
A companhia tem sua gênese nos cais do Porto de Havana, em 1961, quando um grupo de trabalhadores reunia-se em festas e eventos artísticos sindicais. Eles deram origem ao “Guaguancó Marítimo Portuário”, conjunto que, em 1985, iniciou sua atividade profissional com o nome de Yoruba Andabo.
A partir desse momento ofereceu sua arte em diversas atividades da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), trabalhou com a empresa discográfica cubana EGREM por iniciativa do compositor e cantor cubano, conhecido internacionalmente, Pablo Milanês, e compartilhou a cena com a cantora folclórica Merceditas Valdés.
Veja mais em: http://www.associaojosemartimg.blogspot.com/
terça-feira, 13 de julho de 2010
Suco vivo: amêndoas germinadas
Por Juliana Malhardes*
Amêndoa é uma semente muito especial. Você já percebeu que algumas sementes precisam de muito carinho e temperinhos para o sabor ficar mais interessante para o nosso paladar? Decididamente esse não é o caso da Amêndoa. Ela é uma semente de sabor suave, leve e agradável. Mesmo pura é saborosa e combina simplesmente com tudo. Quem aprecia a amêndoa crua, vai se surpreender com o sabor da versão germinada.
COMPRANDO AMÊNDOA
Na hora de comprar as sementes de amêndoas, informe na loja que você deseja amêndoa crua. Dispense a salgada, ela não germina porque é tostada.
GERMINAÇÃO DA AMÊNDOA
Algumas sementes germinam apenas dentro d’água e a amêndoa é uma delas. O seu processo de germinação é bem simples:
1. Lave bem com água limpa.
2. Deixe de molho por 24h à 48h.
3. Troque a água uma vez por dia.
Nos dias frios as sementes levam mais tempo para germinar, nos dias quentes germinam com menos tempo. Observe a pontinha branca que chamamos “narizinho” da semente, que é o sinal de que ela germinou.
TIRAR OU NÃO TIRAR A PELE, EIS A QUESTÃO
Tirar ou tirar a pele, eis a questão. Comer as sementes com pele não faz mal, mas o nosso objetivo é economizar energia do ecossistema corporal na digestão. As cascas são celulose que o corpo não aproveita. Nos praticantes do Crudivorismo e da Alimentação Viva, elas podem gerar fermentação e gases intestinais. Pelo sim pelo não, para comer na forma sólida é recomendável que retire a pele dessas sementes. O sabor também é muito melhor. Experimente com e sem pele e faça a sua escolha. Nas receitas líquidas coadas podemos manter a pele, pois ela fica retida no coador.
DICAS CULINÁRIAS
1. Belisco: Simples e pura, salgadinha, é uma ótimo belisco.
2. Na Salada Verde: Vale só jogar na salada verde ou salada de frutas.
3. Misturadinha com a comidinha: do seu dia a dia também é muito bom, no meio do arroz e das frutas.
4. Temperada com ervas frescas, azeite e sal a gosto é tudo de bom.
5. Cremes de Frutas Liquidificada com frutas, faz cremes divinos, sugiro que comece pela manga, se possível dê preferencia a manga palmer. Nesse caso, sugiro que retire a pele.
6. O Leite Vivo de Amêndoas germinadas é o the best. Nesse caso não precisa descascar a sementes porque o leite é coado no voal. Liquidifique uma parte de sementes para 4 partes de água e coe no coador de voal. Puro é gostoso, mas pode ser ainda melhor se for adoçado com passas, tâmaras ou banana passa desidratadas, que podem ser liquidificadas junto com as sementes.
7. Café com Leite Vivo é uma forma saborosa de substituir os leites animais.
8. Cacau com Leite de Vivo de Amêndoas Germinadas, adoçaria com tâmaras secas. Onde comprar Cacau Cru: www.planetacacau.com.br - já compramos aqui em casa, achei de boa qualidade, com preço justo e entrega rápida).
9. Vitamina Viva de Leite de Amêndoas Germinadas combinadas com frutas frescas como Abacate, Manga Palmer ou Banana é de beber ajoelhado, rezando. rsrs...
10. Iogurtes Vivos, Queijinhos Vivos e Massas de Torta Doce, são algumas da possibilidades saborosas possíveis de serem feitas com essa sementes tão especial.
Mais receitas em: http://www.culinariaviva.blogspot.com/
* Juliana Malhardes é praticante da Alimentação Viva e do Estilo de Vida do Alimento Vivo, Educadora Ambiental e Educadora em Alimentação Viva formada pelo Terrapia/Esnp/Fiocruz. Bacharel em Direito com ênfase em Direito Ambiental, Pós-Graduada em Gestão Ambiental/FGV, com tcc sobre Terrapia/Ensp/Fiocruz.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
13 de Julho: Dia Mundial do Rock And Roll
Por Fabio Chaves
Rock And Roll é muito mais que boa música. É uma atitude. O baixista do Black Sabbath, Bill Ward, mostrou atitude ao se declarar vegano e recomendar o estilo de vida livre de crueldade. A banda Rise Against fez o mesmo. O vocalista do Rage Against The Machine, Zack de La Rocha soltou o verbo e disse o que pensa sobre o ato de comer animais. O vocalista do Sepultura, Derreck Green, que não é baixinho nem raquítico, é vegetariano há mais de 20 anos. A eterna rainha do rock nacional, Rita Lee, já colocou a cara na TV para defender os animais que são usados em rodeios. Ela e o marido são vegetarianos há muitos anos. Os solos do Metallica são mais verdes graças a guitarra de Kirk Hammet. Rodrigo Lima, vocalista do DeadFish, é um dos roqueiros nacionais da nova geração a demonstrar compaixão e é vegetariano. O vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, e o vocalista do Red Hot Chilli Peppers, Anthony Kieds, vivem concorrendo a vegetarianos mais sexy do mundo. Sei lá porque. Mas acima de tudo, o vegetarianismo e a defesa animal se encontram com o rock and roll no nome do velho Beatle Paul McCartney, que não para de emprestar sua fama e dedicar suas forças à proteção dos animais. Paul, feliz dia da atitude. 13 de julho.
http://vista-se.com.br/redesocial/13-de-julho-dia-mundial-do-rock-and-roll/
Rock And Roll é muito mais que boa música. É uma atitude. O baixista do Black Sabbath, Bill Ward, mostrou atitude ao se declarar vegano e recomendar o estilo de vida livre de crueldade. A banda Rise Against fez o mesmo. O vocalista do Rage Against The Machine, Zack de La Rocha soltou o verbo e disse o que pensa sobre o ato de comer animais. O vocalista do Sepultura, Derreck Green, que não é baixinho nem raquítico, é vegetariano há mais de 20 anos. A eterna rainha do rock nacional, Rita Lee, já colocou a cara na TV para defender os animais que são usados em rodeios. Ela e o marido são vegetarianos há muitos anos. Os solos do Metallica são mais verdes graças a guitarra de Kirk Hammet. Rodrigo Lima, vocalista do DeadFish, é um dos roqueiros nacionais da nova geração a demonstrar compaixão e é vegetariano. O vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, e o vocalista do Red Hot Chilli Peppers, Anthony Kieds, vivem concorrendo a vegetarianos mais sexy do mundo. Sei lá porque. Mas acima de tudo, o vegetarianismo e a defesa animal se encontram com o rock and roll no nome do velho Beatle Paul McCartney, que não para de emprestar sua fama e dedicar suas forças à proteção dos animais. Paul, feliz dia da atitude. 13 de julho.
http://vista-se.com.br/redesocial/13-de-julho-dia-mundial-do-rock-and-roll/
domingo, 11 de julho de 2010
Itacaré: algumas dicas
Pelo guia de restaurantes vegetarianos, há apenas duas opções em Itacaré. Não foi possível verificar em função do “bateu a fome”. Em todo caso, os dois são ovo-lacto.
Ficamos na Pousada Estrela, próxima as praias do centro, em um quarto delicioso (com teto alto e duas janelas) que dava para ouvir o barulho do silêncio e os cantos dos pássaros. Os proprietários são a Magda e o Wellington (73) 3251-2006, Rua Pedro Longo, 34 (Caminho das Praias), Pituba, http://www.pousadaestrela.com.br/
Infelizmente, é quase impossível comer feijão sem que leve bacon, entre outros ingredientes extraídos de animais e considerados “fundamentais” como tempero, mas o Restaurante Estrela D´alva faz um arroz gostoso e a salada é farta. É legal experimentar a farofa de banana e pedir, gentilmente, que ela seja preparada com azeite no lugar da manteiga (73) 3251-3512, Rua Pedro Longo, em frente à escola.
O paraíso gastronômico tem endereço
- Casa de Sapucaia: um jardim lindinho que tem até um pé de cacau e o melhor prato vegetariano que comi nos últimos meses — Nasigoreng e vem da Indonésia.
É com arroz negro, vagem, cenoura e temperos deliciosos. A gerente é a Márcia Borba e ela diz que “novos pratos com ingredientes da terra estarão em breve no restaurante”. Vamos torcer para que só levem vegetais.
Rua Londônio Almeida 84 – Centro, (73) 3251 3091.
Ficamos na Pousada Estrela, próxima as praias do centro, em um quarto delicioso (com teto alto e duas janelas) que dava para ouvir o barulho do silêncio e os cantos dos pássaros. Os proprietários são a Magda e o Wellington (73) 3251-2006, Rua Pedro Longo, 34 (Caminho das Praias), Pituba, http://www.pousadaestrela.com.br/
Infelizmente, é quase impossível comer feijão sem que leve bacon, entre outros ingredientes extraídos de animais e considerados “fundamentais” como tempero, mas o Restaurante Estrela D´alva faz um arroz gostoso e a salada é farta. É legal experimentar a farofa de banana e pedir, gentilmente, que ela seja preparada com azeite no lugar da manteiga (73) 3251-3512, Rua Pedro Longo, em frente à escola.
O paraíso gastronômico tem endereço
- Casa de Sapucaia: um jardim lindinho que tem até um pé de cacau e o melhor prato vegetariano que comi nos últimos meses — Nasigoreng e vem da Indonésia.
É com arroz negro, vagem, cenoura e temperos deliciosos. A gerente é a Márcia Borba e ela diz que “novos pratos com ingredientes da terra estarão em breve no restaurante”. Vamos torcer para que só levem vegetais.
Rua Londônio Almeida 84 – Centro, (73) 3251 3091.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Vinicius de Moraes: 30 anos sem o poeta
Cronologia da Vida e da Obra
1913
Nasce, em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro , no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, na Gávea, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. São seus pais d. Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, este, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.
1916
A família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, nº 192, em Botafogo, passando a residir com o aos avós paternos, d. Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.
1917
Nova mudança para a rua da Passagem, nº 100, ainda em Botafogo, onde nasce seu irmão Helius. Vinicius e sua irmã Lygia entram para a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.
1919
Transfere-se para a rua 19 de fevereiro, nº 127
1920
Mudança para a rua Real Grandeza, nº130. Primeiras namoradas na escola Afrânio Peixoto. È batizado na maçonaria, por disposição de seu avô materno, cerimônia que lhe causaria grande impressão.
1922
Última residência em Botafogo, na rua Voluntários da Pátria, nº 195. Impressão de deslumbramento com a exposição do Centenário da Independência do Brasil e de curiosidade com o levante do Forte de Copacabana, devido a uma bomba que explodiu perto de sua casa. Sua família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, nº 109-A, onde o poeta passa suas férias.
1923
Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria.
1924
Inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente.
Começa a cantar no coro do colégio, durante a missa de domingo. Liga-se de grande amizade a seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este, sobrinho de Raul Pompéia, com os quais escreve o "épico" escolar, em dez cantos, de inspiração camoniana: os acadêmicos.
A partir daí participa sempre das festividades escolares de encerramento do ano letivo, seja cantando, seja atuando nas peças infantis.
1927
Conhece e torna-se amigos dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajoz, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do Colégio Santo Inácio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casa de famílias conhecidas.
1928
Compõe, com os irmãos Tapajoz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso popular.
Por essa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.
1929
Bacharela-se em Letras, no Santo Inácio. Sua família muda-se da Ilha do Governador para a casa contígua àquela onde nasceu, na rua Lopes Quintas, também já demolida.
1930
Entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil para ingressar no "Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais" (CAJU), onde se liga de amizade a Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle.
1931
Entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
1933
Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial de Reserva.
Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.
1935
Publica Forma e exegese, com o qual ganha o prêmio Felipe d’Oliveira.
1936
Publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher".
Substitui Prudente de Morais Neto, como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica.
Conhece Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.
1938
Publica novos poemas e é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford (Magdalen College), para onde parte em agosto do mesmo ano.
Funciona como assistente do programa brasileiro da BBC.
Conhece, em casa de Augusto Frederico Schimidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se torna um dos maiores amigos.
1939
Casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello.
Regressa da Inglaterra em fins do mesmo ano, devido à eclosão da II Grande Guerra. Em Lisboa encontra seu amigo Oswald de Andrade com quem viaja para o Brasil.
1940
Nasce sua primeira filha, Susana.
Passa longa temporada em São Paulo, onde se liga de amizade com Mário de Andrade.
1941
Começa a fazer jornalismo em A Manhã, como crítico cinematográfico e a colaborar no Suplemento Literário ao lado de Rineiro Couto, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo.
1942
Inicia seu debate sobre cinema silencioso e cinema sonoro, a favor do primeiro, com Ribeiro Couto, e em seguida com a maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti.
Nasce seu filho Pedro.
A convite do então prefeito Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros a Belo Horizonte, onde se liga de amizade com Otto Lara Rezende, Fernando Sabino, Hélio Pelegrino e Paulo Mendes Campos.
Inicia, com seus amigos Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, a roda literária do Café Vermelhinho, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira, Bruno Giorgi.
Freqüenta, nessa época, as domingueiras em casa de Aníbal Machado.
Conhece e se torna amigo da escritora Argentina Maria Rosa Oliver, através da qual conhece Gabriela Mistral.
Faz uma extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.
1943
Publica suas Cinco elegias, em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.
Ingressa, por concurso, na carreira diplomática.
1944
Dirige o Suplemento Literário de O Jornal, onde lança, entre outros, Oscar Niemeyer, Pedro Nava, Marcelo Garcia, francisco de Sá Pires, Carlos Leão e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Carlos Scliar, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Eros (Martim) Gonçalves, Arpad Czenes e Maria Helena Vieira da Silva.
1945
Colabora em vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema.
Faz amizade com o poeta Pablo Neruda.
Sofre um grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro Leonel de Marnier, perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacir Werneck de Castro.
Faz crônicas diárias para o jornal Diretrizes.
1946
Parte para Los Angeles, como vice-cônsul, em seu primeiro posto diplomático. Ali permanece por cinco anos sem voltar ao Brasil.
Publica em edição de luxo, ilustrada por Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.
1947
Em Los angeles, estuda cinema com Orson Welles e Gregg Toland. Lança, com Alex Viany, a revista Film.
1949
João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa mensal, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema "Pátria minha".
1950
Viagem ao México para visitar seu amigo Pablo Neruda, gravemente enfermo. Ali conhece o pintor David Siqueiros e reencontra seu grande amigo, o pintor Di Cavalcanti.
Morre seu pai.
Retorno ao brasil.
1951
Casa-se pela segunda vez com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli.
Começa a colaborar no jornal Última Hora, a convite de Samuel Wainer, como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.
1952
Visita, fotografa e filma, com seus primos, Humberto e José Francheschi, as cidades mineiras que compõe o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor que lhe for a encomendado pelo diretor Alberto Cavalcanti.
É nomeado delegado junto ao festival de Punta Del Leste, fazendo paralelamente sua cobertura para o Última Hora. Parte logo depois para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização dos Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade.
Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas Cinco elegias.
1953
Nasce sua filha Georgiana.
Colabora no tablóide semanário Flan, de Última Hora, sob direção de Joel Silveira.
Aparece a edição francesa das Cinq élégies, em edição de Pierre Seghers.
Liga-se de amizade com o poéta cubano Nicolás Guillén.
Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tú passas por mim".
Faz crônicas diárias para o jornal A Vanguarda, a convite de Joel Silveira.
Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada.
1954
Sai a primeira edição de sua Antologia Poética. A revista Anhembi publica sua peça Orfeu da Conceição, premiada no concurso de teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo.
1955
Compões em Paris uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro. Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu Negro. No fim do ano vem com ele ao Brasil, por uma curta estada, para conseguir financiamento para a produção da película, o que não consegue, regressando em fins de dezembro a Paris.
1956
Volta ao Brasil em gozo de licença-prêmio.
Nasce sua terceira filha, Luciana.
Colabora no quinzenário Para Todos a convite de seu amigo Jorge amado, em cujo primeiro número publica o poema "O operário em construção".
Paralelamente aos trabalhos da produção do filme Orfeu Negro, tem o ensejo de encenar sua peça Orfeu da Conceição, no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar.
Convida Antônio Carlos Jobim para fazer a música do espetáculo, iniciando com ele a parceria que, logo depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova.
Retorna ao poste, em Paris, no fim do ano.
1957
É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No fim do ano é removido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil.
Publica a primeira edição de seu Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal.
1958
Sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP Canção do Amor Demais, de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa novas, no violão de João Gilberto, que acompanha acantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de Saudade", considerado o marco inicial do movimento.
1959
Sai o Lp Por Toda Minha Vida, de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno.
O filme Orfeu negro ganha a Palme d’Or do Festival de Cannes e o Oscar, de Hollywood, como melhor filme estrangeiro do ano.
Aparece o seu livro Novos poemas II.
Casa-se sua filha Susana.
1960
Retorna à Secretria do Estado das Relações Exteriores.
Em novembro, nasce seu neto, Paulo.
Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, pela Editora de Autor; a edição popular da peça Orfeu da Conceição, pela livraria São José e Recette de Femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff, em edição Seghers, na coleção Autour du Monde.
1961
Começa a compor com Carlos Lira e Pixinguinha.
Aparece Orfeu Negro, em tradução italiana de P.A. Jannini, pela Nuova Academia Editrice, de Milão.
1962
Começa a compor com Baden Powell, dando inicio à série de afro-sambas, entre os quais, "Berimbau" e "Canto de Ossanha".
Compõe, com música de Carlos Lyra, as canções de sua comédia-musicada Pobre menina rica.
Em agosto, faz seu primeiroshow, de larga repercussão, comAntônio Carlos Jobim e João Gilbert,na boate AuBom Gourmet, que daria início aos chamados pocket-shows, e onde foram lançados pela primeira vez grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e o "Samba da bênção"
Show com Carlos Lyra,na mesma boate, paraapresentar Pobre menina rica e onde é lançada a cantora Nara Leão.
Compõe com Ari Barroso as últimas canções do grande compositor popular, entre as quais "Rancho das namoradas".
Aparece a primeira edição de Para viver um grande amor, pela Editora do Autor, livro de crônicas e poemas.
Grava, como cantor, seu disco com a atriz e cantora Odete Lara.
1963
Começa a compor com Edu Lobo.
Casa-se com Nelita Abreu Rocha e parte em posto para Paris, na delegação do Brasil junto a UNESCO.
1964
Regressa de Paris e colabora com crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos, assinando paralelamente crônicas sobre música popular para o Diário Carioca.
Começa a compor com Francis Hime.
Faz show de grande sucesso com o compositor e cantor Dorival Caymmi, na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Do show é feito um LP.
1965
Sai Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura.
Ganha o primeiro e o segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell.
Parte para Paris e St.Maxime para escrevero roteiro do filme Arrastão, indispondo-se, subseqüentemente, com seu diretor, e retirando suas músicas do filme. De Paris voa para Los Angeles a fim de encontrar-se com seu parceiro Antônio Carlos Jobim.
Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, nº20.
Começa a trabalhar com o diretor Leon Hirszman, do Cinema Novo, no roteiro do filme Garota de Ipanema.
Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.
1966
São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa, sendo que os dois últimos realizados pelos diretores Gianni Amico e Pierre Kast.
Aparece seu livro de crônicas Para uma menina com uma flor pela Editora do Autor.
Seu "Samba da bênção", de parceria com Baden Powell, é incluída, em versão de compositor e ator Pierre Barouh, no filme Un homme… une femme, vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano.
Participa do jurí do mesmo festival.
1967
Aparecem, pela Editora Sabiá, a 6ª edição de sua Antologia poética e a 2ª do seu Livro de sonetos (aumentada).
É posto à disposição do governo deMinas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto, cidade à qual faz freqüentes viagens.
Faz parte do jurí do Festival de Música Jovem, na Bahia.
Estréia do filme Garota de Ipanema.
1968
Falece sua mãe no dia 25 de fevereiro.
Aparece a primeira edição de sua Obra poética, pela Companhia José Aguilar Editora.
Poemas traduzidos para o italiano por Ungaretti.
1969
É exonerado do Itamaraty.
Casa-se com Cristina Gurjão.
1970
Casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy.
Nasce Maria, sua quarta filha.
Início da parceria com Toquinho.
1971
Muda-se para a Bahia.
Viagem para Itália.
1972
Retorna à Itália com Toquinho onde gravam o LP Per vivere un grande amore.
1973
Publica "A Pablo Neruda".
1974
Trabalha no roteiro, não concretizado, do filme Polichinelo.
1975
Excursiona pela Europa. Grava, com Toquinho, dois discos na Itália.
1976
Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.
Casa-se com Marta Rodrihues Santamaria.
1977
Grava um LP em Paris, com Toquinho.
Show com Tom, Toquinho e Miúcha, no Canecão.
1978
Excursiona pela Europa com Toquinho.
Casa-se com Gilda de Queirós Mattoso, que conhecera em Paris.
1979
Leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, a convite do líder sindical Luís Inácio da Silva.
Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
1980
É operado a 17 de abril, para a instalação de um dreno cerebral.
Morre, na manhão de 9 de julho, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher.
Extraviam-se os originais de seu livro O dever e o haver.
http://www.viniciusdemoraes.com.br/
1913
Nasce, em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro , no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, na Gávea, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. São seus pais d. Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, este, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.
1916
A família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, nº 192, em Botafogo, passando a residir com o aos avós paternos, d. Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.
1917
Nova mudança para a rua da Passagem, nº 100, ainda em Botafogo, onde nasce seu irmão Helius. Vinicius e sua irmã Lygia entram para a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.
1919
Transfere-se para a rua 19 de fevereiro, nº 127
1920
Mudança para a rua Real Grandeza, nº130. Primeiras namoradas na escola Afrânio Peixoto. È batizado na maçonaria, por disposição de seu avô materno, cerimônia que lhe causaria grande impressão.
1922
Última residência em Botafogo, na rua Voluntários da Pátria, nº 195. Impressão de deslumbramento com a exposição do Centenário da Independência do Brasil e de curiosidade com o levante do Forte de Copacabana, devido a uma bomba que explodiu perto de sua casa. Sua família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, nº 109-A, onde o poeta passa suas férias.
1923
Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria.
1924
Inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente.
Começa a cantar no coro do colégio, durante a missa de domingo. Liga-se de grande amizade a seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este, sobrinho de Raul Pompéia, com os quais escreve o "épico" escolar, em dez cantos, de inspiração camoniana: os acadêmicos.
A partir daí participa sempre das festividades escolares de encerramento do ano letivo, seja cantando, seja atuando nas peças infantis.
1927
Conhece e torna-se amigos dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajoz, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do Colégio Santo Inácio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casa de famílias conhecidas.
1928
Compõe, com os irmãos Tapajoz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso popular.
Por essa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.
1929
Bacharela-se em Letras, no Santo Inácio. Sua família muda-se da Ilha do Governador para a casa contígua àquela onde nasceu, na rua Lopes Quintas, também já demolida.
1930
Entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil para ingressar no "Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais" (CAJU), onde se liga de amizade a Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle.
1931
Entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
1933
Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial de Reserva.
Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.
1935
Publica Forma e exegese, com o qual ganha o prêmio Felipe d’Oliveira.
1936
Publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher".
Substitui Prudente de Morais Neto, como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica.
Conhece Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.
1938
Publica novos poemas e é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford (Magdalen College), para onde parte em agosto do mesmo ano.
Funciona como assistente do programa brasileiro da BBC.
Conhece, em casa de Augusto Frederico Schimidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se torna um dos maiores amigos.
1939
Casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello.
Regressa da Inglaterra em fins do mesmo ano, devido à eclosão da II Grande Guerra. Em Lisboa encontra seu amigo Oswald de Andrade com quem viaja para o Brasil.
1940
Nasce sua primeira filha, Susana.
Passa longa temporada em São Paulo, onde se liga de amizade com Mário de Andrade.
1941
Começa a fazer jornalismo em A Manhã, como crítico cinematográfico e a colaborar no Suplemento Literário ao lado de Rineiro Couto, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo.
1942
Inicia seu debate sobre cinema silencioso e cinema sonoro, a favor do primeiro, com Ribeiro Couto, e em seguida com a maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti.
Nasce seu filho Pedro.
A convite do então prefeito Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros a Belo Horizonte, onde se liga de amizade com Otto Lara Rezende, Fernando Sabino, Hélio Pelegrino e Paulo Mendes Campos.
Inicia, com seus amigos Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, a roda literária do Café Vermelhinho, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira, Bruno Giorgi.
Freqüenta, nessa época, as domingueiras em casa de Aníbal Machado.
Conhece e se torna amigo da escritora Argentina Maria Rosa Oliver, através da qual conhece Gabriela Mistral.
Faz uma extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.
1943
Publica suas Cinco elegias, em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.
Ingressa, por concurso, na carreira diplomática.
1944
Dirige o Suplemento Literário de O Jornal, onde lança, entre outros, Oscar Niemeyer, Pedro Nava, Marcelo Garcia, francisco de Sá Pires, Carlos Leão e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Carlos Scliar, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Eros (Martim) Gonçalves, Arpad Czenes e Maria Helena Vieira da Silva.
1945
Colabora em vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema.
Faz amizade com o poeta Pablo Neruda.
Sofre um grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro Leonel de Marnier, perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacir Werneck de Castro.
Faz crônicas diárias para o jornal Diretrizes.
1946
Parte para Los Angeles, como vice-cônsul, em seu primeiro posto diplomático. Ali permanece por cinco anos sem voltar ao Brasil.
Publica em edição de luxo, ilustrada por Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.
1947
Em Los angeles, estuda cinema com Orson Welles e Gregg Toland. Lança, com Alex Viany, a revista Film.
1949
João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa mensal, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema "Pátria minha".
1950
Viagem ao México para visitar seu amigo Pablo Neruda, gravemente enfermo. Ali conhece o pintor David Siqueiros e reencontra seu grande amigo, o pintor Di Cavalcanti.
Morre seu pai.
Retorno ao brasil.
1951
Casa-se pela segunda vez com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli.
Começa a colaborar no jornal Última Hora, a convite de Samuel Wainer, como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.
1952
Visita, fotografa e filma, com seus primos, Humberto e José Francheschi, as cidades mineiras que compõe o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor que lhe for a encomendado pelo diretor Alberto Cavalcanti.
É nomeado delegado junto ao festival de Punta Del Leste, fazendo paralelamente sua cobertura para o Última Hora. Parte logo depois para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização dos Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade.
Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas Cinco elegias.
1953
Nasce sua filha Georgiana.
Colabora no tablóide semanário Flan, de Última Hora, sob direção de Joel Silveira.
Aparece a edição francesa das Cinq élégies, em edição de Pierre Seghers.
Liga-se de amizade com o poéta cubano Nicolás Guillén.
Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tú passas por mim".
Faz crônicas diárias para o jornal A Vanguarda, a convite de Joel Silveira.
Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada.
1954
Sai a primeira edição de sua Antologia Poética. A revista Anhembi publica sua peça Orfeu da Conceição, premiada no concurso de teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo.
1955
Compões em Paris uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro. Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu Negro. No fim do ano vem com ele ao Brasil, por uma curta estada, para conseguir financiamento para a produção da película, o que não consegue, regressando em fins de dezembro a Paris.
1956
Volta ao Brasil em gozo de licença-prêmio.
Nasce sua terceira filha, Luciana.
Colabora no quinzenário Para Todos a convite de seu amigo Jorge amado, em cujo primeiro número publica o poema "O operário em construção".
Paralelamente aos trabalhos da produção do filme Orfeu Negro, tem o ensejo de encenar sua peça Orfeu da Conceição, no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar.
Convida Antônio Carlos Jobim para fazer a música do espetáculo, iniciando com ele a parceria que, logo depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova.
Retorna ao poste, em Paris, no fim do ano.
1957
É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No fim do ano é removido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil.
Publica a primeira edição de seu Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal.
1958
Sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP Canção do Amor Demais, de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa novas, no violão de João Gilberto, que acompanha acantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de Saudade", considerado o marco inicial do movimento.
1959
Sai o Lp Por Toda Minha Vida, de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno.
O filme Orfeu negro ganha a Palme d’Or do Festival de Cannes e o Oscar, de Hollywood, como melhor filme estrangeiro do ano.
Aparece o seu livro Novos poemas II.
Casa-se sua filha Susana.
1960
Retorna à Secretria do Estado das Relações Exteriores.
Em novembro, nasce seu neto, Paulo.
Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, pela Editora de Autor; a edição popular da peça Orfeu da Conceição, pela livraria São José e Recette de Femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff, em edição Seghers, na coleção Autour du Monde.
1961
Começa a compor com Carlos Lira e Pixinguinha.
Aparece Orfeu Negro, em tradução italiana de P.A. Jannini, pela Nuova Academia Editrice, de Milão.
1962
Começa a compor com Baden Powell, dando inicio à série de afro-sambas, entre os quais, "Berimbau" e "Canto de Ossanha".
Compõe, com música de Carlos Lyra, as canções de sua comédia-musicada Pobre menina rica.
Em agosto, faz seu primeiroshow, de larga repercussão, comAntônio Carlos Jobim e João Gilbert,na boate AuBom Gourmet, que daria início aos chamados pocket-shows, e onde foram lançados pela primeira vez grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e o "Samba da bênção"
Show com Carlos Lyra,na mesma boate, paraapresentar Pobre menina rica e onde é lançada a cantora Nara Leão.
Compõe com Ari Barroso as últimas canções do grande compositor popular, entre as quais "Rancho das namoradas".
Aparece a primeira edição de Para viver um grande amor, pela Editora do Autor, livro de crônicas e poemas.
Grava, como cantor, seu disco com a atriz e cantora Odete Lara.
1963
Começa a compor com Edu Lobo.
Casa-se com Nelita Abreu Rocha e parte em posto para Paris, na delegação do Brasil junto a UNESCO.
1964
Regressa de Paris e colabora com crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos, assinando paralelamente crônicas sobre música popular para o Diário Carioca.
Começa a compor com Francis Hime.
Faz show de grande sucesso com o compositor e cantor Dorival Caymmi, na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Do show é feito um LP.
1965
Sai Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura.
Ganha o primeiro e o segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell.
Parte para Paris e St.Maxime para escrevero roteiro do filme Arrastão, indispondo-se, subseqüentemente, com seu diretor, e retirando suas músicas do filme. De Paris voa para Los Angeles a fim de encontrar-se com seu parceiro Antônio Carlos Jobim.
Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, nº20.
Começa a trabalhar com o diretor Leon Hirszman, do Cinema Novo, no roteiro do filme Garota de Ipanema.
Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.
1966
São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa, sendo que os dois últimos realizados pelos diretores Gianni Amico e Pierre Kast.
Aparece seu livro de crônicas Para uma menina com uma flor pela Editora do Autor.
Seu "Samba da bênção", de parceria com Baden Powell, é incluída, em versão de compositor e ator Pierre Barouh, no filme Un homme… une femme, vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano.
Participa do jurí do mesmo festival.
1967
Aparecem, pela Editora Sabiá, a 6ª edição de sua Antologia poética e a 2ª do seu Livro de sonetos (aumentada).
É posto à disposição do governo deMinas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto, cidade à qual faz freqüentes viagens.
Faz parte do jurí do Festival de Música Jovem, na Bahia.
Estréia do filme Garota de Ipanema.
1968
Falece sua mãe no dia 25 de fevereiro.
Aparece a primeira edição de sua Obra poética, pela Companhia José Aguilar Editora.
Poemas traduzidos para o italiano por Ungaretti.
1969
É exonerado do Itamaraty.
Casa-se com Cristina Gurjão.
1970
Casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy.
Nasce Maria, sua quarta filha.
Início da parceria com Toquinho.
1971
Muda-se para a Bahia.
Viagem para Itália.
1972
Retorna à Itália com Toquinho onde gravam o LP Per vivere un grande amore.
1973
Publica "A Pablo Neruda".
1974
Trabalha no roteiro, não concretizado, do filme Polichinelo.
1975
Excursiona pela Europa. Grava, com Toquinho, dois discos na Itália.
1976
Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.
Casa-se com Marta Rodrihues Santamaria.
1977
Grava um LP em Paris, com Toquinho.
Show com Tom, Toquinho e Miúcha, no Canecão.
1978
Excursiona pela Europa com Toquinho.
Casa-se com Gilda de Queirós Mattoso, que conhecera em Paris.
1979
Leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, a convite do líder sindical Luís Inácio da Silva.
Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
1980
É operado a 17 de abril, para a instalação de um dreno cerebral.
Morre, na manhão de 9 de julho, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher.
Extraviam-se os originais de seu livro O dever e o haver.
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segunda-feira, 5 de julho de 2010
José Saramago: liberdade para a elefanta Susi
José Saramago, o prêmio Nobel de Literatura, também amava os animais. Foi ativista da campanha “Liberdade para Susi”, uma elefanta de um zoológico em Barcelona.
Susi
Por José Saramago
Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.
Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?
http://caderno.josesaramago.org/2009/02/19/susi/
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Abaixo-assinado para a criação de delegacias de proteção animal na capital paulista
Leia, assine e divulgue em: http://www.cao.com.br/
INDICAÇÃO N° 988, DE 2010
A 15 de outubro de 1978, era solenemente proclamada em Paris a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Produto do reconhecimento geral de que o respeito dos animais pelo Homem é inseparável do respeito mútuo entre os seres humanos, a Declaração foi a culminação de um longo e difícil processo de conscientização, que hoje rende frutos em toda parte. Prova disso é a Convenção Européia para Proteção dos Animais de Estimação, firmada em Estrasburgo, em 13 de novembro de 1987, por todas as nações que compõem o Conselho da Europa, ou então, o Código de Proteção aos Animais do Estado de São Paulo (Lei n. 11.977), aprovado por esta Assembleia Legislativa em 25 de agosto de 2005, segundo a proposição do então Deputado Estadual Ricardo Tripoli.
Se a proteção dos animais já conta hoje com um arcabouço jurídico adequado a sua efetivação, o mesmo não se pode dizer do aparato administrativo. Excetuando-se na esfera da vigilância sanitária, onde a proteção dos rebanhos é essencial a conquista de mercados externos para o agronegócio brasileiro, a administração pública no Brasil parece completamente despreparada para exigir a plena aplicação das normas de proteção dos animais. Por esta razão, foi com grande alegria que lemos a notícia de que a Secretaria Estadual de Segurança Pública já esta implantando as primeiras Delegacias de Proteção Animal.
Assim, em Sorocaba, a pedido do Presidente da Câmara Municipal, foi expedida a Portaria n. 3/2010, de 19 de abril do corrente ano, pela qual foi organizado o Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre a Crueldade Contra Animais.
A especialização do aparato policial é sempre bem-vinda quando tem como propósito o bom atendimento ao público. No caso específico da Polícia Civil, as experiências de especialização que foram vivenciadas nas últimas décadas têm se mostrado bastante positivas. Exemplo disso é a evocação das Delegacias da Mulher, que tanta importância tiveram para o combate aos abusos sofridos pelas mulheres paulistas, especialmente no ambiente doméstico.
Como em qualquer outra grande metrópole, a Cidade de São Paulo tem uma quantidade extraordinária de animais domésticos. Todos os dias, nos bairros de classe média, é possível contemplar o espetáculo oferecido pelo número espantoso de pessoas que, no final da tarde, saem a passear com seus cães. Em toda parte se multiplicam os “pet shops” e outros estabelecimentos devotados à venda ou tratamento dos chamados “bichos de estimação”. Até mesmo hotéis para animais já existem em grande número na Capital do Estado! Como uma polícia sobrecarregada como a nossa poderia oferecer proteção eficaz a esta enorme e crescente população de animais domésticos sem ter tal propósito como seu foco? Além disso, como poderia esta mesma Polícia preparar a totalidade do contingente policial às peculiaridades inerentes a proteção dos animais? É considerando tais circunstâncias que pleiteamos a organização de um Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre Crueldade Contra Animais (Delegacia de Proteção Animal) na Cidade de São Paulo.
Acreditamos que a simples criação de uma delegacia como esta ora proposta produziria tão forte impressão sobre todos aqueles que possuem ou comercializam animais domésticos que disso resultaria, certamente, uma queda expressiva das ocorrências nessa esfera da criminalidade.
É por esta razão que reiteramos ao Senhor Governador o nosso pedido para que um Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre Crueldade Contra Animais (Delegacia de Proteção Animal) seja organizado na Capital do Estado.
INDICAÇÃO N° 988, DE 2010
A 15 de outubro de 1978, era solenemente proclamada em Paris a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Produto do reconhecimento geral de que o respeito dos animais pelo Homem é inseparável do respeito mútuo entre os seres humanos, a Declaração foi a culminação de um longo e difícil processo de conscientização, que hoje rende frutos em toda parte. Prova disso é a Convenção Européia para Proteção dos Animais de Estimação, firmada em Estrasburgo, em 13 de novembro de 1987, por todas as nações que compõem o Conselho da Europa, ou então, o Código de Proteção aos Animais do Estado de São Paulo (Lei n. 11.977), aprovado por esta Assembleia Legislativa em 25 de agosto de 2005, segundo a proposição do então Deputado Estadual Ricardo Tripoli.
Se a proteção dos animais já conta hoje com um arcabouço jurídico adequado a sua efetivação, o mesmo não se pode dizer do aparato administrativo. Excetuando-se na esfera da vigilância sanitária, onde a proteção dos rebanhos é essencial a conquista de mercados externos para o agronegócio brasileiro, a administração pública no Brasil parece completamente despreparada para exigir a plena aplicação das normas de proteção dos animais. Por esta razão, foi com grande alegria que lemos a notícia de que a Secretaria Estadual de Segurança Pública já esta implantando as primeiras Delegacias de Proteção Animal.
Assim, em Sorocaba, a pedido do Presidente da Câmara Municipal, foi expedida a Portaria n. 3/2010, de 19 de abril do corrente ano, pela qual foi organizado o Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre a Crueldade Contra Animais.
A especialização do aparato policial é sempre bem-vinda quando tem como propósito o bom atendimento ao público. No caso específico da Polícia Civil, as experiências de especialização que foram vivenciadas nas últimas décadas têm se mostrado bastante positivas. Exemplo disso é a evocação das Delegacias da Mulher, que tanta importância tiveram para o combate aos abusos sofridos pelas mulheres paulistas, especialmente no ambiente doméstico.
Como em qualquer outra grande metrópole, a Cidade de São Paulo tem uma quantidade extraordinária de animais domésticos. Todos os dias, nos bairros de classe média, é possível contemplar o espetáculo oferecido pelo número espantoso de pessoas que, no final da tarde, saem a passear com seus cães. Em toda parte se multiplicam os “pet shops” e outros estabelecimentos devotados à venda ou tratamento dos chamados “bichos de estimação”. Até mesmo hotéis para animais já existem em grande número na Capital do Estado! Como uma polícia sobrecarregada como a nossa poderia oferecer proteção eficaz a esta enorme e crescente população de animais domésticos sem ter tal propósito como seu foco? Além disso, como poderia esta mesma Polícia preparar a totalidade do contingente policial às peculiaridades inerentes a proteção dos animais? É considerando tais circunstâncias que pleiteamos a organização de um Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre Crueldade Contra Animais (Delegacia de Proteção Animal) na Cidade de São Paulo.
Acreditamos que a simples criação de uma delegacia como esta ora proposta produziria tão forte impressão sobre todos aqueles que possuem ou comercializam animais domésticos que disso resultaria, certamente, uma queda expressiva das ocorrências nessa esfera da criminalidade.
É por esta razão que reiteramos ao Senhor Governador o nosso pedido para que um Setor Especializado no Atendimento de Ocorrências sobre Crueldade Contra Animais (Delegacia de Proteção Animal) seja organizado na Capital do Estado.
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