Diante da injustiça, a covardia se veste de silêncio (Julio Ortega) - frase do blog http://www.findelmaltratoanimal.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de março de 2022

Base glicerinada 100% vegetal para a fabricação de sabão ou sabonete

Por AmazonOil

A base glicerinada é livre de aromatizante artificial ou corante, tendo seus aspectos organolépticos (cor e odor) naturais. Criada para a fabricação de sabonetes artesanais ela tem o diferencial de poder ser derretida, e nela serem adicionadas essências aromáticas, corantes, princípios ativos, com o fim de enriquecer a fórmula e fabricar sabonetes artesanais com uma ótima qualidade.



Os sabonetes glicerinados são mais ricos e delicados dos que os industrializados pelo fato de ter a glicerina que é um dos produtos mais umectantes para a pele, famoso em todo o mundo e também por ter em sua formulação sobre-engordurante que devolvem a oleosidade retirada pelo próprio desengordurante contido nas formulações. Seu uso proporciona a limpeza ideal,

adicionando emoliência e hidratação à pele. A formulação da base é aliada com as propriedades da manteiga de bacuri, óleo de castanha-do-pará ou óleo de andiroba.


terça-feira, 8 de março de 2022

segunda-feira, 7 de março de 2022

Sônia T. Felipe - Especismo: conceito e história

Dra. phil. Sônia T. Felipe


Resumo: Este artigo trata da questão da discriminação contra os animais, da origem dessa discriminação na filosofia antiga e do conceito especismo, criado por Richard D. Ryder no século XX para designá-la, fazendo par com os já conhecidos, racismo e machismo.

 

Palavras-chave: especismo, especismo elitista, especismo eletivo, antropocentrismo, Humphry Primatt, Richard D. Ryder

           

Discriminação moral da espécie biológica de vida

Atentar contra a dignidade de seres humanos por conta de sua constituição ou orientação sexual é sexismo (heterossexismo, homofobia, machismo, misoginia, androginia). Se a dignidade da pessoa é violada por conta da etnia, é racismo. Machismo, sexismo e racismo são termos que se tornaram conhecidos nas últimas cinco décadas.

Entretanto, se a vida de um animal é tirada em experimentos químicos e bélicos, se sua liberdade para viver de acordo com o éthos singular de sua espécie lhe é subtraída pelo  confinamento em aquários, zoológicos, circos, galpões, gaiolas, baias, residências e correntes, se o espírito específico do animal é eliminado pela doma ou domesticação, se o animal é escravizado para atender aos interesses humanos, a exemplo das fêmeas bovinas usadas para extração do leite, das galinhas usadas para produção de ovos, das porcas usadas para reprodução dos porcos a serem abatidos, e em todos os casos nos quais os humanos tiram dos animais as condições de vida dignas da espécie em questão, não se usa um termo equivalente ao que designa o abuso contra o sexo, o gênero e a raça de um humano. O termo adequado para designar a discriminação contra animais não-humanos é especismo, pouco conhecido fora do movimento animalista.

Se não há um conceito designando e delineando uma ação humana, não há reflexão crítica e ética sobre ela. Sem ser designada, a ação não pode ser avaliada. Sem ponderar seu valor, não se pode ter consciência do dano que pode causar a quem sofre seus desdobramentos, seja humano, seja não-humano. A violência contra os animais permaneceu por milênios sem referência conceitual alguma na história do pensamento humano, da filosofia à ciência, do direito à arte.