Do sítio: Outras Palavras
Por Marianne Falck, Hans Leyendecker e Silvia
Liebrich, no Süddeutsche
Zeitung |Tradução: Regina Richau Frazão |
O grupo americano Monsanto (1) é um gigante no agronegócio –
e é o número um na área da controvertida tecnologia genética “verde”. Para seus
opositores, a Monsanto é um inimigo assustador. E continuam acontecendo coisas
intrigantes que fazem o inimigo parecer ainda mais aterrorizante.
No mês passado, a organização europeia protetora do meio
ambiente “Amigos da Terra” e a Federação para meio Ambiente e Proteção à
Natureza Deutschland (BUND) quiseram apresentar um estudo sobre os efeitos do
herbicida glifosato no corpo humano. Os herbicidas que contêm glifosato são
carros-chefes da Monsanto. A empresa fatura mais de dois bilhões de dólares
somente com o agente Roundup. Os “herbicidas Roundup”, assim sustenta a
Monsanto, “têm uma longa história de uso seguro em mais de 100 países”.
Quando os vírus atacaram seus computadores, os
ativistas se indagaram: será que estamos vendo fantasmas?
Entretanto existem também pesquisas alegando que o agente
possivelmente cause prejuízos a plantas e animais; e o estudo mais recente
demonstra que muitos moradores de grandes cidades vivem com o veneno no próprio
corpo, sem terem conhecimento disso. Como tantas outra coisas relacionadas a
esse assunto, é discutível o que exatamente o pesticida é capaz de provocar no
organismo humano.
Dois dias antes da publicação do estudo em dezoito países,
um vírus paralisou o computador do principal organizador, Adrian Bepp. Houve
ameaça de cancelamento das entrevistas coletivas em Viena, Bruxelas e Berlin.
“Surgiu pânico”, lembra Heike Moldenhauer da BUND. Os ativistas do meio
ambiente viram-se correndo contra o tempo.
Moldenhauer e seus colegas tinham feito diversas
especulações sobre os motivos e a identidade do misterioso agressor. A
especialista em tecnologia genética do BUND acredita que o principal objetivo
do desconhecido fornecedor do vírus tenha sido “gerar confusão”. Não há nada
pior para uma pesquisa do que cancelar uma coletiva da imprensa. “E nós ficamos
nos perguntando se estávamos vendo fantasmas”, diz Moldenhauer.
Não há nenhum indício de que Monsanto tenha sido o fantasma,
ou que tenha algo a ver com o vírus. O grupo sustenta que não faria algo assim.
Preza “agir com responsabilidade”: “hoje em dia é muito fácil fazer uma
afirmação e de difundi-la”, diz a Monsanto. Dessa forma, prossegue
“periodicamente são feitas afirmações duvidosas e populistas que denigrem nosso
trabalho e nossos produtos, carecendo de qualquer abordagem científica.”
Os críticos do grupo têm outra visão. Ela tem a ver com a
espessa trama tecida ao redor do mundo pela Monsanto, cujos entroncamentos
estão localizados nos serviços secretos norte-americanos, nas suas forças
armadas, em empresas de segurança privadas e, é claro, também junto ao governo
dos EUA.
Um número expressivo de críticos da Monsanto relata ataques
cibernéticos regulares, praticados com gabarito profissional. Também os
serviços secretos e o serviço militar gostam de contratar hackers e
programadores. Estes são especialistas em desenvolver cavalos de tróia e vírus
para penetrar em redes de computadores alheios. O ex-agente da CIA Edward
Snowden chamou atenção ao nexo entre as ações dos serviços de notícias e as
movimentações da economia. No entanto, esta ligação perdeu força diante das
demais denúncias.
Alguns dos poderosos defensores da Monsanto entendem
bastante do assunto da guerra cibernética. “Imagine a internet como uma arma
que está sobre a mesa. Ou você a pega, ou seu concorrente irá fazê-lo, mas
alguém será morto”, foi o que disse Jay Byrne em 2001, quando era chefe de
relações públicas na Monsanto.
É comum empresas lutarem com métodos escusos em função
daquilo que consideram como seu direito, como sendo o certo. Porém, os termos
“amigo ou inimigo”, “ele ou eu” já denotam linguagem de guerra. E numa guerra é
preciso ter aliados – por exemplo, aqueles instalados no serviço secreto.
São conhecidos os contatos da Monsanto com o notório
ex-agente secreto Joseph Cofer Black, que colaborou na formulação da “lei da
selva”, na “campanha anti-terror” de George W. Bush. Ele é especialista para
trabalho sujo, da linha dura. Trabalhou para a CIA durante quase trinta anos,
sendo inclusive o chefe “antiterrorista”. Mais tarde seria o vice-presidente da
empresa de segurança particular Blackwater, que mandou milhares de mercenários
para o Iraque e o Afeganistão.
Pesquisas mostram como são estreitos os laços da direção da
empresa com o governo central em Washington e com representações diplomáticas
dos EUA no mundo inteiro. A Monsanto tem auxiliares eficazes em diversos
lugares. Antigos colabores da corporação ocupam altos postos nos EUA, em
departamentos governamentais e ministérios, em federações da indústria e
universidades. Por vezes, são relações quase simbióticas. De acordo com
informações da organização anti-lobby Open Secrets, no ano passado 16 lobistas da Monsanto
ocuparam cargos de alto nível no governo norte-americano e em agências
reguladoras.
Para a empresa, trata-se de ocupar novos mercados e em
vender alimentos a uma população mundial que cresce em ritmo alucinante. A
engenharia genética e as patentes relacionadas com plantas desempenham um papel
importante nesse contexto. Nos Estados Unidos, o milho e soja geneticamente
modificados representam 90% dos cultivos — e este percentual cresce de modo
constante também no resto do mundo.
Apenas no mercado europeu, nada acontece. Diversos países da
União Europeia (UE) têm muitas restrições com relação ao futuro da Monsanto, o
que visivelmente desagrada ao governo dos EUA. No ano de 2009, Ilse Aigner,
Ministra da Alimentação, Agricultura e Proteção ao Consumidor da Alemanha,
filiada ao Partido da União Social-Cristã, havia banido o tipo de milho MON810
também dos campos alemães. Ao viajar logo depois para os Estados Unidos, foi
interpelada pelo colega americano Tom Vilsack, com respeito à Monsanto. O
político, do Partido Democrata, havia sido governador no estado federal Iowa,
de característica rural, e logo tornou-se adepto dos transgênicos. Em 2001, foi
eleito pela bioindústria como “governador do ano”.
Infelizmente, não há registro da conversa entre Vilsack e
Aigner. Dizem que foi controvertida. Um representante do governo federal alemão
descreve o tom do diálogo da seguinte forma: houve “esforços maciços de forçar
uma mudança de rumo dos alemães com respeito à política genética” . A fonte da
informação não quis se pronunciar sobre o tipo dos “esforços maciços”, nem
sobre a tentativa de “forçar” alguma coisa. Isto não se faz entre amigos ou
parceiros.
Graças a Snowden e ao Wiki-Leaks, o mundo pode imaginar o
que acontece entre amigos e parceiros, quando o poder e o dinheiro estão em
jogo. Dois anos atrás, o Wikileaks publicou despachos diplomáticos, que
incluíam detalhes sobre a Monsanto e a engenharia genética.
Em 2007, por exemplo, o então embaixador norte-americano em
Paris, Craig Stapleton, sugeriu ao governo dos EUA que elaborasse uma lista
suja dos países da União Europeia que estivessem dispostos a proibir o plantio
de sementes geneticamente modificadas por empresas norte-americanas. O teor da
mensagem secreta: “A equipe parisiense sugere propor uma lista de medidas de
retaliação que irá causar dores à Europa”. “Dores”, “retaliação” – a rigor,
essa não é exatamente a linguagem da diplomacia.
A luta pela autorização do famoso milho geneticamente
manipulado MON810 na Europa foi conduzida pela Monsanto com muito trabalho de lobby –
e ao final, a empresa perdeu por completo. O produto foi banido inclusive dos
mercados prestigiados da França e da Alemanha. Uma aliança entre políticos,
agricultores e pessoas relacionadas às igrejas recusou a engenharia genética
nas plantações, e os consumidores não a querem em seus pratos. No entanto, a
batalha ainda não terminou. Nas negociações iniciadas nos mês passado entre os
EUA e a UE, sobre um tratado de “livre” comércio, os Estados Unidos esperam,
entre outras coisas, uma abertura dos mercados para a tecnologia genética.
Com o Tratado de Livre Comércio, EUA querem
abrir o mercado de transgênicos na Europa
abrir o mercado de transgênicos na Europa
Fazer lobby por uma empresa nacional no
exterior é algo visto como dever cívico, nos EUA. Há muito, as mais
significativas entre os dezesseis agências de inteligência norte-americanas
entendem seu trabalho como apoio aos interesses econômicos norte-americanos no
cenário mundial. Alegando combater o terrorismo, não somente espionam governos,
órgãos públicos e cidadãos, mas também empenham-se — do seu modo muito peculiar
— a favor de interesses econômicos do país.
Alguns exemplos:
> Várias décadas atrás, quando o Japão ainda não era uma
potência econômica, surgiu nos Estados Unidos a pesquisa “Japão 2000”,
elaborada por um colaborador do Rochester Institute of Technology (RIT) Através
de uma “política comercial temerária”, assim dizia o estudo, o Japão estaria
planejando uma espécie de conquista do mundo, e os perdedores seriam os EUA. A
segurança nacional dos Estados Unidos estaria ameaçada e a CIA deu o grito de
guerra.
> Na competição global, a economia norte-americana tinha
que ser protegida dos “dirty tricks”, os truques sujos dos europeus, declarou o
ex diretor da CIA James Woolsey. Por esta razão, os “amigos do continente
europeu” estariam sendo espionados: os Estados Unidos são limpos…
> Edward Snowden esteve certa vez pela CIA na Suíça, e há
dias relatou a maneira como a empresa teria tentado envolver um banqueiro suíço
na espionagem de dados bancários. A União Europeia permitiu aos serviços
norte-americanos examinar em profundidade os negócios financeiros de seus
cidadãos. Segundo dizem, o objetivo é secar as fontes financeiras do terror. Os
meios e os fins, entretanto, são altamente discutíveis.
Na Suíça que anteriormente foi palco de muitas
histórias de agentes, desenrolou-se um dos episódios que tornaram a Monsanto
particularmente misteriosa: em janeiro de 2008, o ex agente da CIA Cofer Black
viajou para Zurique para encontrar-se com Kevin Wilson, na época, o responsável
pela segurança para questões globais. A pergunta, a respeito do que os dois
homens estariam falando, ficou no ar. Certamente os assuntos eram os de sempre:
opositores, negócios, inimigos mortais…
O jornalista investigativo Jeremy Scahill, autor da obra
sobre a empresa de mercenários Blackwater, escreveu em 2010, no jornal
semanal americano The Nation,sobre esse estranho encontro em Zurique. Tinha
recebido documentos vazados, a respeito do assunto. Deixavam claro que a
Monsanto estava querendo se defender contra ativistas que queriam destruir suas
plantações experimentais; contra críticos que se posicionavam contra a empresa
de modificação genética. Cofer Black era, para todos os efeitos, a pessoa
certa: “Vamos tirar as luvas de pelica”, havia declarado após os ataques de 11
de setembro, conclamando seus agentes da CIA a livrar-se de Osama bin Laden no
Afeganistão: “Apanhem-no: quero a cabeça dele dentro de uma caixa”. Mas ele
também entende muito do outro negócio do serviço secreto; aquele que opera com
fontes de acesso público.
Ao encontrar-se com Wilson, dirigente de segurança na
Monsanto, Cofer Black ainda era vice na Blackwater, cujos clientes eram, entre
outros, o Pentágono, o Departamento de Estado, a CIA, e logicamente, empresas
particulares. Mas em janeiro de 2008 houve muitos tumultos, pois 17 civis foram
assassinados no Iraque por mercenários da empresa de segurança, e alguns homens
da Blackwater chamaram atenção de funcionários do governo iraquiano devido a
atos de suborno. Acontece que Cofer Black, na época, era também o chefe da
empresa de segurança Total Intelligence Solutions (TIS), uma subsidiára da
Blackwater, e que, apesar de sua reputação menos devastadora, contava também
com “experts” excelentes e versáteis…
De acordo com as próprias informações, a Monsanto fez
negócio, na época, com a TIS e não com a Blackwater. Era inquestionável que a
Monsanto fora abastecida pela TIS, com relatórios sobre as atividades dos
críticos – as quais poderiam representar um risco para a empresa, seus
colaboradores ou seus negócios operacionais. Fazia parte tanto coletar
informações sobre ataques terroristas na Ásia quanto escanear páginas da
internet e blogs. A Monsanto frisava que a TIS, obviamente, só tinha usado
material de acesso público…
Isso corresponderia aos métodos de Cofer Black. Então – nada
de ações escusas.
Costumava haver boatos frequentes de que a Monsanto quisera
assumir o controle da TIS, objetivando a sua segurança geral. E hoje surgem
novos rumores, segundo os quais o grupo estaria avaliando a possibilidade de
assumir a empresa Academi, que formou-se após reorganizações da antiga
Blackwater. Será que os rumores procedem? “Em geral, não discutimos os detalhes
do nosso relacionamento com os prestadores de serviço – a não ser que essas
informações já estejam disponíveis ao público”, foi a única resposta da
Monsanto.
Toda empresa possui a sua própria história, e da história da
Monsanto faz parte um assunto que queimou sua imagem não apenas junto aos
hippies: no passado, a Monsanto esteve na linha de frente dos produtores do
pesticida “Agente Laranja”, utilizado até janeiro de 1971 na guerra do Vietnã
pelos militares norte-americanos. Os constantes bombardeios químicos
desfolhavam as florestas para tornar o inimigo visível. Os campos eram
envenenados para que o vietcong não tivesse mais nada para comer. Nas
áreas pulverizadas multiplicou-se por dez o número de nascimentos de crianças
com anomalias; nasciam sem nariz, sem olhos, com hidrocefalia ou fendas no
rosto – e as forças armadas dos EUA asseguravam que o produto da Monsanto seria
tão inofensivo quanto a Aspirina.
Será que na guerra, tudo é permitido?
Principalmente na moderna guerra cibernética?
Principalmente na moderna guerra cibernética?
Chama atenção o fato de que alguém esteja dificultando,
hoje, a vida dos críticos da Monsanto, ou que alguma mão invisível esteja
interrompendo carreiras. Mas, quem é esse alguém? São alvos de ataque
cientistas como a australiana Judy Carman, que, entre outros, tornou-se conhecida com
pesquisas de produtos transgênicos. Suas publicações são questionadas por
professores, os mesmos que tentam minimizar a importância dos estudos de outros
críticos da Monsanto.
Mas o assunto não se resume a escaramuças nos círculos
científicos. Pois diversas páginas da internet onde Carman publica suas
pesquisas, tornam-se alvo de ataques cibernéticos e, segundo impressão de
pesquisadora, são sistematicamente observadas. Exames do IP de seu site
demonstram que não apenas a Monsanto acessa regularmente essas páginas, mas
também diversos órgãos do governo norte-americano ligados às forças armadas.
Entre outros, o Navy Network Information Center, a Federal Aviation
Administration e o United States Army Intelligence Center, um órgão do exército
para o treinamento de soldados em tarefas de espionagem. O interesse da
Monsanto nessas pesquisas pode ser observado, também no caso de Carman. “Mas
não entendo, por que o governo americano e o exército mandam me observar“, diz
ela.
Coisas estranhas aconteceram também com a GM Watch, uma
organização crítica da engenharia genética. A colaboradora Claire Robinson fala
de ataques cibernéticos constantes à página desde 2007. “Toda vez em que
aumentamos a segurança do site, nossos oponentes tornam-se mais tenazes e
seguem novos ataques, ainda piores”, explica. Também neste caso não se acredita
em coincidência. Em 2012, quando o cientista francês Eric Séralini publicou uma
pesquisa bombástica sobre os riscos à saúde representados pelo milho
transgênico e o glifosato, o site da GM Watch foi atacado e bloqueado. Isso se
repetiu quando foi publicado o posicionamento do órgão europeu de inspeção
alimentar, a EFSA. Em ambos os casos, o momento foi habilmente escolhido: no
exato instante em que os editores tentavam publicar os textos. Não foi possível
determinar quem estava por trás dos ataques.
A própria Monsanto, como já foi dito, faz questão de frisar
que opera “com responsabilidade“.
No entanto, é fato que a empresa tem muitos interesses em
jogo. Trata-se de projetos legislativos, e em especial, das negociações em
curso, relacionadas ao Tratado de “livre” comércio entre EUA e UE. Os capítulos
sobre Agricultura e Indústria Alimentícia são particularmente delicados. Os
norte-americanos têm como meta a abertura dos mercados europeus para os
produtos até então proibidos. Ao lado das plantas transgênicas, estão incluídos
aditivos controversos e a carne bovina tratada com hormônios. As negociações
certamente ainda vão se arrastar por alguns anos.
O assunto é polêmico e as negociações serão duras. Por isso,
o presidente Barack Obama apontou Islam Siddiqui como chefe das negociações
agrícolas. Como especialista, trabalhou durante muitos anos para o ministério
de Agricultura americano. Mas, o que poucos sabem na Europa: de 2001 a 2008 ele
representou, como lobista registrado, a CropLife America, uma associação
industrial que representa os interesses de produtores de pesticidas e produtos
transgênicos. Entre eles, é claro, a Monsanto. “A rigor, a UE não poderia
aceitar tal interlocutor, devido a seus interesses, opina Manfred Häusling que
representa o Partido Verde no parlamento europeu.
Englentich, a rigor. No médio-alto alemão, esta
palavra (eigentlich) sinificava “servil”, o que não seria uma má descrição do
cenário atual — onde os políticos europeus, e em especial os alemães, revelam uma
atitude de surpreendente aceitação, diante do fato de serem espionados com
regularidade por órgãos norte-americanos.
–1. A Monsanto é o a maior empresa agrária do mundo, e também a que lidera a engenharia genética. Em 2012, o grupo ampliou seu faturamento em 14%, em comparação ao ano anterior, chegando a 13,5 bilhões de dólares. O lucro subiu 25%, atingindo dois bilhões de dólares. No mundo todo, a empresa emprega 21.500 trabalhadores e tem filiais em mais de 50 países. Sua fundação data de 1901, pelo norte-americano John Queeny em St. Louis, no estado de Missouri. O nome foi uma homenagem à família de sua esposa. Primeiro, Queeny produziu o adoçante sacarina. Em pouco tempo, o fabricante de bebidas Coca-Cola passa a fazer parte de seus clientes. Logo depois da I Guerra Mundial, a Monsanto entrou no ramo dos produtos químicos. Sua ascensão foi rápida. Em 1927, ingressou na bolsa de valores, e ampliou sua atuação no setor químico, incluindo adubos e fibras sintéticas. Investiu até mesmo na indústria petrolífera. Depois da guerra do Vietnã, a Monsanto passou a focar mais intensamente o setor agrário, o desenvolvimento de herbicidas e em seguida a produção de sementes. Nos anos oitenta, a biotecnologia foi declarada seu alvo estratégico. O próximo passo foi a modificação consequente para uma empresa agrícola – e os outros segmentos foram deixados de lado.