Instituto Igarapé
1) Conectando sistemas de proteção
contra a lavagem de dinheiro
para combater a prática de crime
ambiental na Amazônia:
Em 2018, os crimes ambientais se tornaram a terceira economia ilícita mais
lucrativa do mundo, só perdendo para o tráfico de drogas e o contrabando.1
Estima-se que gere entre 110 e 281 bilhões de dólares em lucros anualmente.
O impacto dessas atividades ilegais na tripla crise planetária formada pelas
mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade2
reforça a importância
do desenvolvimento de estratégias eficazes de combate aos crimes ambientais.
Para isso, é preciso aprofundar o conhecimento do escopo, escala e dinâmica
dos elos entre os fluxos financeiros ilícitos e os crimes ambientais, especialmente
na Bacia Amazônica.
Historicamente, as abordagens usadas contra a lavagem de dinheiro surgiram
no contexto da “guerra às drogas”. Essa origem dificultou o desenvolvimento
de padrões, convenções, arcabouços legais, avaliações de risco e elementos
de governança contra a lavagem de dinheiro no contexto de outros crimes
antecedentes. Assim, fora a mineração ilegal de ouro, pouca atenção foi dada à
lavagem de dinheiro relacionada a outros crimes ambientais.