Por Juan
Garciaheredia/ El Sol de México
Ao revelar
que no México se encontram 27 inseticidas altamente perigosos comercializados
por Bayer, Basf e Syngenta, organizações ambientalistas enviaram carta aos
executivos das transnacionais, exigindo a suspensão das vendas desses produtos
“por seu impacto à saúde humana e ao meio ambiente”.
De acordo
com um comunicado, “no dia internacional do Não uso de pesticidas, mais de 120
organizações e 10 mil pessoas mundialmente enviaram uma carta aos executivos
das transnacionais Syngenta, Bayer e Basf, exigindo que deixem de vender
pesticidas altamente perigosos à saúde humana e ao meio ambiente. Estas
transnacionais fabricam, em seu conjunto, 50 inseticidas altamente perigosos
que, em muitos casos, não são vendidos ou não estão registrados em seus países
de origem e, no entanto, são comercializados em países da Ásia, África e
América Latina”.
“A carta foi
dirigida à suíça Syngenta, e as alemãs Bayer Cropscience e Basf porque elas
são, em grande parte, responsáveis pelos envenenamentos e problemas ambientas
causados pelos pesticidas. As três transnacionais foram beneficiadas, em 2012,
com 47% das vendas do mercado mundial (seguidas das estadunidenses Monsanto,
Dow e DuPont)”.
A carta foi
uma iniciativa de Pestizid Aktions-Netzwerk e.V. – PAN Alemanha (rede de ação
contra os pesticidas) e tem como título “Pesticidas altamente perigosos da
Basf, Bayer e Syngenta. Resultados de uma investigação internacional”. Indica
que há mais de 25 anos a indústria e os governos promovem o “uso seguro dos
inseticidas”, no entanto, os problemas ocasionados pelos agrotóxicos continuam.
Neste relatório, o PAN discrimina os produtos altamente perigosos que são
divulgados em páginas eletrônicas das transnacionais em seu país e em nove
países da Ásia, África e América Latina (Brasil e Argentina).
Referindo-se
ao relatório, Fernando Bejarano, coordenador da Red de Acción em Plaguicidas y
sus Alternativas no México (Rapam), informou que “no México encontramos 27
inseticidas altamente perigosos comercializados pela Bayer, Basf e Syngenta que
estão incluídos no informe citado pelo PAN. Portanto, nos somamos à demanda
internacional para que detenham sua comercialização”.